quinta-feira, maio 16, 2013

Moreira Rato: "Necessidades de financiamento para 2013 estão asseguradas"



Escreve o Dinheiro Vivo: "É muito importante para o IGCP chamar a atenção dos investidores do sucesso, das perdas e dos riscos. Para o regresso aos mercados é preciso recuperar a confiança e alargar a rede de investidores em dívida pública portuguesa", afirmou João Moreira Rato.O presidente do IGCP salientou que "o acesso limitado ao mercado obrigou o IGCP a fazer uma gestão de Tesouraria mais prudente. O IGCP recebeu ainda o mandato para gerir derivados desde setembro de 2012"."Foi feito um esforço do IGCP para voltar a aumentar a base de investidores em dívida pública portuguesa. Os investidores não residentes apresentaram fluxos líquidos de compra significativos. A partir de junho de 2012 o nosso trabalho foi o da reconstrução da base de investidores, daí termos feito roadshows para conquistar essa base. Numa fase inicial, os investidores norte-americanos voltaram a entrar e a investir e foi uma aposta grande da nossa parte. Desde janeiro temos vindo a recuperar uma base de investidores, com uma proveniência geográfica", disse o responsável. "Além de olhar para a volatilidade, os investidores estão a olhar para a liquidez. O volume de negocição diária de OT tem vindo a aumentar. Temos feito esforços e encontros com as agências de rating", disse João Moreira Rato."O recente upgrade da S&P sobre o outlook de Portugal pode ser um momento de inversão", estima."O retalho tem sido muito importante, subimos as taxas dos certificados de aforro. O nosso foco está neste momento nas obrigações do Tesouro, mas as ofertas de trocas de dívida também são importantes", admitiu."As necessidades de financiamento para 2013 estão asseguradas. Neste momento o IGCP já está a fazer o pré-financiamento para 2014. Nesse ano pretendemos ter uma abordagem similar", disse."A emissão a 5 anos feita em janeiro foi muito importante para reconectar com os investidores europeus e também dos norte-americanos, que desempenharam um papel muito importante. Reconectamos com investidores clássicos. Já a emissão a 10 anos alargou mais essa rede de investidores, com os EUA a desempenhar um papel menos importante e as seguradoras e fundos de pensões foram as protagonistas, com 18% da emissão", salientou."Ao longo dos últimos anos o IGCP tem feito dinheiro com a cobertura de risco da carteira de dívida e com a cobertura das taxas de juro feitas através de contratos swaps. A extensão das maturidades do resgate a Portugal em 7 anos reduzirá ainda mais o risco", acrescentou"