quinta-feira, maio 16, 2013

Portugal só precisa de pedir nove mil milhões aos mercados em 2014



Segundo o Dinheiro Vivo, "os fundos oportunistas compraram dívida pública e perderam interesse com a queda das taxas de juro, mas tivemos uma renovação de investidores consoante o nível de taxas e de liquidez no mercado secundário. À medida que vamos normalizando, alguns investidores deixaram de estar interessados em investir em dívida e passaram a estar interessados noutras oportunidades e ativos", disse João Moreira Rato. O presidente do IGCP sublinhou que "há potencial para, a seguir ao mercado de obrigações, os investidores apostarem em outros mercados, como o acionista, o que é bom para a economia"."Depois da emissão a 10 anos, ficam 9 mil milhões de necessidades para financiar até ao final de 2014, de um total de 20,9 mil milhões", revelou. O responsável sublinhou que "os investidores querem ver um fluxo de ajustamento das contas de forma a que num prazo curto possa haver uma inflexão da dívida. A velocidade desse ajustamento depende do que a economia permite. Os investidores estão bastante conscientes desse 'fine tuning' das medidas"."O sindicato bancário não representa uma garantia de subscrição, não existe essa rede de proteção", salientou. João Moreira Rato disse ainda que "os fundos de investimento estão a regressar à nossa dívida, em detrimento dos hedge funds devido à descida das taxas. Em muitas fases de pouca procura, os hedge funds foram os primeiros a apostar em divida pública, agora representam uma parte menor e os gestores de fundos uma parte maior, tal como acontece em outros paises europeus"."A extensão dos prazos da dívida em 7 anos alivia o periodo de transição que a divida vai ter em matéria de refinanciamento. este é o resultado da negociação. Os próximos anos são um período de transição para uma estrutura de financiamento", revelou. Sobre os contratos swaps, o responsável disse que "existe sempre risco. A partir do momento em que se emite divida existe a probalidade de mais tarde as taxas baixarem, depende do mercado. Os swaps só permite escolher o risco de retorno que faz mais sentido. Foram usados vários critérios na classificação das transações: a complexidade, a opacidade, a alavancagem/toxicidade e 'day1 pv' que é o custo inicial das transações no primeiro dia".