Li
no Correio da Manhã, num texto do jornalista António Sérgio Azenha, que a Parvalorem,
empresa pública que faz a gestão dos ativos tóxicos do BPN, perdoou uma dívida
de 37,5 milhões de euros à Monte da Quinta Propriedades, sociedade detentora de
um hotel com 132 quartos e de sete moradias de luxo na Quinta do Lago, Algarve.
A dívida foi perdoada no âmbito da alienação da Monte da Quinta a um investidor
estrangeiro em abril deste ano. A venda rendeu à Parvalorem 2,5 milhões de
euros.Com uma dívida bancária de 62 milhões de euros, a Monte da Quinta estava
tecnicamente falida. E, segundo a Parvalorem, "sem capacidade de reembolso
" da dívida de 37,5 milhões. A proposta de aquisição selecionada assumiu a
responsabilidade dívida da Monte da Quinta ao BCP, de 24,5 milhões de euros,
mas não da dívida à Parvalorem. Esta alega que "nas contas da empresa, já
se encontrava provisionado/com imparidades a quase totalidade do crédito [de
37,5 milhões de euros]. E frisa que, "face à iminente falência da empresa
Monte da Quinta, e não havendo garantia hipotecária sobre o hotel, foi um
resultado que deverá ser imputado a recuperação e não a perdas".