Na semana em que se assinalaram os 50 anos do 1 de Maio de 1974,a Pordata fez um retrato do trabalhador português: salário médio é o quinto mais baixo da Europa. Portugal é o quinto país da União Europeia com o salário médio mais baixo, ficando apenas à frente da Eslováquia, Grécia, Hungria e Bulgária. As áreas da agricultura e pescas e do alojamento e restauração são aquelas em que menos se ganha. Os dados foram avançados pela Pordata que fez um retrato do trabalhador português, a propósito dos 50 anos do 1.º de Maio.
Feitas as contas, o salário médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal, incluindo horas extra, subsídios de férias e Natal ou prémios, foi de 1.368 euros. «O salário mínimo nacional está cada vez mais próximo do ordenado médio. Em 2002, o salário mínimo correspondia a 43% do ganho médio e em 2022 esta percentagem já tinha subido para 52%», salienta.
Ao mesmo tempo, o retrato dos trabalhadores envelheceu. Se há 20 anos, um terço dos trabalhadores tinha entre 44 e 64 anos, atualmente, esse número subiu para metade. «Já os jovens trabalhadores, até aos 24 anos, diminuíram mais de 40%. O escalão etário dos trabalhadores que mais aumentou foi entre os 55 e os 64 anos, registando uma subida de 66%», salienta a entidade. Por outro lado, Portugal é o país da União Europeia com maior proporção de patrões sem instrução ou com o ensino básico. Quase metade (44%) destes tem, no máximo, até ao 9.º ano de escolaridade.
Já no caso dos trabalhadores por conta de outrem, os níveis de escolaridade estão distribuídos: um terço tem até ao 9.º ano, outro terço concluiu o ensino secundário e outro tem curso superior. A Pordata faz ainda um retrato dos trabalhadores em part-time, que, segundo apurou, são apenas oito em cada 100. «Portugal é o 10.º país dos 27 da União Europeia com menor proporção de trabalhadores a tempo parcial», refere (Jornal Novo, texto da jornalista SÓNIA PERES PINTO)
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