sexta-feira, maio 17, 2024

Nota: e se Fico conseguir fomentar, paradoxalmente, o combate aos extremismos nas Europeias?

E se um aliado de Putin e da Rússia - o primeiro-ministro da Eslováquia Robert Fico recentemente alvo de um lamentável atentado contra a sua vida, e que hoje foi operado com urgência, dado que o seu estado de saúde continua bastante grave - acabar por ser o grande responsável por uma potencial mobilização dos europeus, nas eleições europeias de Junho, num movimento direccionado contra o eventual crescimento dos partidos extremistas, do extremismo em geral e a extrema-direita em particular e que são hoje a maior ameaça ao futuro da Europa, muito mais do que a guerra na Ucrânia? É esta a minha opinião é esta a minha dúvida, é esta a minha esperança.

Segundo o Expresso, Fico foi eleito primeiro-ministro nas últimas eleições legislativas, em setembro de 2023, "depois de ter ocupado o cargo por duas vezes, entre 2006 e 2010 e entre 2012 e 2018". O seu partido, o Smer (Direção), encetou uma campanha pela aproximação à Rússia e pelo fim do apoio militar da União Europeia "e, em particular, da Eslováquia à Ucrânia". "Originalmente de centro-esquerda, o Smer, partido que Fico lidera desde a sua fundação, em 1999, adotou em 2020 uma matriz nacionalista e pró-russa". O atentado, recorda-se foi protagonizado por um indivíduo de 71 anos, que se intitula de escritor  poeta, e justificou-o apenas por não concordar  com as ideias do primeiro-ministro alvejado. Assim mesmo, sem mais nada e com esta leviandade que todos associam ao aumento do radicalismo europeu e ao facto de fenómenos extremistas estarem a condicionar a democracia e a ameaçar a liberdade e a tolerância em muitas sociedades europeias. Será que é por este caminho que queremos seguir em Portugal, é este modelo político e  social de intolerância, vingança, agressão, radicalismo e morte, assente no ressurgimento do nazismo encapotado que se cruza com ideias fascistas mais descaradas, que desejamos pata o nosso país e a nossa sociedade? (LFM)

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