A Educação e Formação estruturam o Futuro
Coletivo, facultando aos jovens e aos cidadãos em geral, múltiplas competências
que contribuem decisivamente para a definição dos respetivos projetos de vida.
A elevação do nível de empregabilidade, o
potencial contributo para o desenvolvimento da Região e a projeção da
felicidade pessoal e familiar, dependem fortemente dos níveis de escolaridade
alcançados.
As demandas daí resultantes, associadas às
demais que influenciam o ambiente em que ocorre a ação da tutela, em geral, e
das escolas, em particular, são um desafio que exige atitude inovadora,
capacidade proactiva e pensamento prospetivo.
Neste sentido, o Governo Regional promoverá
o aprofundamento do direito à Educação, traduzido na conclusão da escolaridade
obrigatória por todos os alunos que acedem ao sistema educativo regional, pela
via dos cursos gerais ou profissionais, sendo esta entendida como um ponto de
partida para a conquista de novos graus de formação, que deverá ser uma permanência
ao longo da vida.
Justifica-se a adoção de medidas que
permitam, aos cidadãos fora da escolaridade obrigatória, a frequência de
formação adequada ao seu desenvolvimento sociocultural e à elevação do seu nível
de empregabilidade.
A melhoria da oferta pública da valência de
Creche afigura-se indispensável para que possa ser garantido a todos uma
condição comprovadamente favorecedora de uma melhor adaptação ao regime escolar
obrigatório e de bons desempenhos académicos.
A progressiva digitalização dos processos
de ensino-aprendizagem é uma faceta da intervenção governativa que, em resposta
às exigências do desenvolvimento tecnológico, será mantida e aprofundada neste
mandato.
Será igualmente assegurado que, através das
intervenções das estruturas de poder regional e local, bem como de outras
entidades e das próprias escolas, todos os alunos tenham acesso aos manuais
escolares ao longo da escolaridade obrigatória.
No plano da intervenção no setor
desportivo, importa antes de mais, situar que a Região atingiu, sob o advento
da Autonomia, um nível de desenvolvimento desportivo nunca antes verificado.
Esta realidade, patente na generalização da
prática desportiva, está claramente demonstrada na demografia federada, na
vitalidade da competição desportiva regional, no significativo envolvimento na
competição desportiva nacional e na excelência de prestações coletivas e individuais,
aferidas em quadros competitivos nacionais e internacionais.
Por outro lado, a política de
infraestruturas permite uma resposta às necessidades essenciais das práticas
desportivas nas mais diversas modalidades e, dada a excelência de boa parte das
mesmas, a crescente afirmação da Região como destino privilegiado para
acolhimento de eventos internacionais, tanto em estruturas artificiais como em
espaços naturais.
A continuada qualificação dos recursos
humanos do Desporto é uma condição essencial para a prossecução dos objetivos
associados à promoção da qualidade de Vida dos madeirenses, também alcançável
através da adesão a programas de atividade física e de generalização das práticas
desportivas formais.
O setor da Juventude, pela sua importância,
requer a revisão do enquadramento orgânico das políticas a desenvolver, sendo
imprescindível que dessa perspetiva resulte o grau de autonomia e de capacidade
interventiva.
No plano regional, afigura-se indispensável
a revitalização de um quadro de projetos e programas, de cuja operacionalização
resultem ganhos efetivos para os jovens em termos de cidadania, intervenção
social, aprendizagem informal e participação cívica ativa.
De igual modo impõe-se que seja maximizado
o aproveitamento dos fundos nacionais e europeus disponíveis, em ordem ao desenvolvimento
de atividades, nas escolas e nas mais diversas associações juvenis, que
permitam uma interação consequente com as congéneres nacionais e europeias.
No setor da Ciência e Tecnologia importa
apostar na promoção de atividades, no âmbito das instituições públicas e
privadas nele intervenientes, que permitam a produção de conhecimento, com
implicação no desenvolvimento científico, técnico, cultural e social da Região.
A elevação do compromisso financeiro da
Região no setor, constitui a base em que pode assentar a promoção de emprego
altamente qualificado e um aproveitamento apropriado dos fundos nacionais e
europeus disponíveis.
Educação e Formação
Neste domínio, é imperioso que ao
aprofundamento dos níveis positivos de aproveitamento seja atribuída a mesma
importância que ao combate aos focos de níveis insatisfatórios, através do
reforço da melhoria da oferta pedagógica, de uma mais eficaz aplicação dos
apoios sociais disponíveis e do envolvimento das comunidades educativas.
A primazia de uma Escola Inclusiva,
exigência de uma sociedade moderna e solidária, é também considerada como
condição de desenvolvimento social e instrumento decisivo para que os preceitos
constitucionais que estabelecem o direito à igualdade de oportunidades de
acesso e êxito escolar continuem a ser concretizados na Região.
Passando a valorização da Sociedade
Madeirense pela via da Educação e Formação da juventude, tal implica manter o
reconhecimento do direito dos professores a uma carreira digna e justa,
assegurando a aplicação das medidas adotadas na anterior legislatura, que se
pretende salvaguardar.
Não será descurada também a envolvência das
Famílias no processo educativo, e no respeito pela sua liberdade de escolha,
designadamente através de estruturas formais e informais que facilitem e
viabilizem uma maior integração das comunidades nas atividades das escolas, acrescentando
ao plano de acompanhamento das atividades dos alunos, a promoção da solidariedade
intergeracional e a valorização da função social da escola.
Orientações estratégicas
·
Elevar os níveis de qualificação da
juventude, assegurando a progressiva melhoria dos níveis de sucesso de todos e
cada um dos alunos, de modo a que lhes seja possível a conquista de
competências tanto para a continuidade de estudos como para a entrada no
mercado de trabalho.
·
Promover uma Escola Inclusiva que acolhe as
diferenças e as necessidades educativas especiais, que integra as inovações
pedagógicas e as novas tecnologias, e que proporciona um currículo flexível em
que as Artes e o Desporto assumem espaço destacado.
·
Prosseguir na Digitalização progressiva dos
processos de ensino-aprendizagem através da cedência de manuais escolares
digitais e tablets aos alunos que forem acedendo ao 5º ano, os quais ficarão
disponíveis até ao 9º ano de cada um desses alunos.
·
Valorizar o trabalho dos professores,
criando condições para a implementação de novas medidas que diferenciem
positivamente o exercício da profissão docente na Região, em resposta à
transformação das condições de exercício profissional e à condição demográfica
da classe.
·
Aprofundar a envolvência das Famílias no
percurso escolar dos seus descendentes, facilitando as condições de
participação dos pais e encarregados de educação na vida das escolas,
entendendo-se a Família como estrutura-base da sociedade, núcleo indispensável
na promoção do sucesso escolar.
·
Assegurar uma redução contínua das
mensalidades nas valências creche e jardim de infância, nos estabelecimentos de
natureza pública e particular.
·
Progredir na melhoria contínua da rede
escolar, através da elaboração de um programa de apetrechamentos, manutenções e
reparações que proporcionem boas soluções de trabalho, segurança, comodidade e
bem-estar a todos os elementos das comunidades educativas, num plano em que as
diversas entidades administrativas assumam plenamente as suas atribuições.
·
Respeitar o direito das famílias à escolha
do estabelecimento e ao tipo de ensino que pretendem proporcionar aos seus
descendentes, através de um sistema de apoios ao setor de ensino particular,
que reconheça a intervenção histórica de muitos desses estabelecimentos na
promoção da Educação na Região e na supressão de necessidades que o sistema
público não foi capaz de assegurar.
·
Manter e aprofundar o sistema de atribuição
de bolsas de estudo a estudantes universitários madeirenses, designadamente aos
que prosseguem estudos fora da Região.
·
Criar, através da intervenção junto das
entidades nacionais competentes, condições favoráveis à instalação dos jovens
universitários madeirenses a estudar fora da Região, procurando colmatar as dificuldades
existentes.
Desporto
·
O estímulo à participação dos diversos
segmentos populacionais em programas de Atividade Física e Desporto, é um vetor
essencial pela importância da aquisição de hábitos de vida saudáveis e da
prevenção de doenças resultantes do sedentarismo. A competição desportiva
regional é a atividade com mais elevada capacidade de integração dos diversos
segmentos populacionais afetos às práticas desportivas formais, devendo, assim,
ser entendida como a pedra-angular do sistema desportivo de natureza federada e
justificando, por tais razões, um quadro específico de apoios públicos, que
responda igualmente à identificação, seleção e orientação de talentos.
·
Por outro lado, dado o nível de
desenvolvimento desportivo alcançado, a presença de formações regionais e
atletas madeirenses em competições nacionais e internacionais, em modalidades praticadas
na Região e em todos os escalões de formação e especialização desportivas, pela
sua importância em termos de afirmação de competências e de progressiva
especialização, justifica um quadro específico de apoios.
·
Acresce que o continuado desenvolvimento desportivo
exige o reforço das intervenções de manutenção do parque regional de
infraestruturas desportivas, visando a manutenção de padrões de qualidade para
as diferentes categorias de utentes e níveis de prática, garantindo a adequação
às exigências de realização de atividades de nível nacional e internacional na
Região.
·
Por sua vez, a melhoria contínua das
atividades das organizações desportivas e a elevação do potencial dos atletas e
das equipas constituem um fator de desenvolvimento desportivo de primeira
grandeza, sendo, por tal razão, crucial à elevação da qualidade da intervenção
dos agentes desportivos pela via da formação.
·
Quanto às atividades desportivas de
natureza profissional, interpretadas por formações e atletas madeirenses,
justifica-se a manutenção de um quadro de apoios cuja principal função centra-se
na ultrapassagem das limitações impostas pela insularidade e ultraperiferia, permitindo
a participação em quadros competitivos nacionais e internacionais em condições equivalentes
aos demais concorrentes sedeados em espaço continental.
Orientações estratégicas
·
Promover a Atividade Física e o Desporto,
designadamente através da promoção de projetos específicos de adesão e
manutenção em programas de atividade física, de exercício e de desporto,
adaptados aos diferentes grupos sociais e adequadamente distribuídos no
território.
·
Incrementar a competição desportiva
regional através do estabelecimento de quadros competitivos adaptados à
progressiva interação entre o setor federado e o Desporto Escolar, procurando
esbater as consequências da baixa natalidade e maximizar as mais-valias
oferecidas pela Escola no plano do enquadramento técnico, dos equipamentos e do
apetrechamento.
·
Estimular a participação desportiva nacional,
aperfeiçoando o quadro regulamentar de apuramento às competições desportivas
escolares e federadas de nível nacional e internacional, favorecendo a melhor
expressão das competências apuradas no plano regional e nacional.
·
Assegurar a manutenção adequada do parque
desportivo regional, facultando apoios às entidades proprietárias de
equipamentos desportivos, visando a respetiva manutenção e valorização, bem
como implementar as condições financeiras e logísticas que permitam
intervenções mais céleres de reparação e manutenção dos equipamentos públicos.
·
Promover a formação dos agentes
desportivos, através da definição e implementação, em interação com outras
entidades formadoras operantes a nível regional, nacional e internacional, de
um plano de formação multissetorial, suscetível de proporcionar desempenhos
diretivos, técnicos e de outros atores do campo desportivo, por via da formação
inicial e especializada.
·
Manter o quadro de apoios ao Desporto
Profissional, pois a visibilidade e a notoriedade das respetivas atividades e
provas, potencialmente interessantes para a Região em termos sociais e
económicos.
·
Dinamizar o regime de incentivos à
realização de eventos desportivos na Região, maximizando as infraestruturas
artificiais e os espaços naturais, e assegurando a notoriedade da Região
enquanto espaço de excecional qualidade para acolhimento e realização dos
referidos eventos.
Juventude
A Juventude constitui um segmento
populacional absolutamente indispensável no quadro do desenvolvimento integral
da Região, justificando-se plenamente a criação de condições institucionais
favorecedoras do diálogo entre os jovens e suas plataformas representativas e
os decisores políticos, enquanto método de construção de políticas públicas para
o setor.
A constituição de associações e o
fortalecimento das já existentes afiguram-se essenciais para o incremento do
movimento associativo juvenil e estudantil, dado o elevado potencial das atividades
das mesmas no desenvolvimento social, formativo e cívico dos jovens.
Ainda neste domínio, realça-se a aposta na
educação não formal como metodologia de aprendizagem, rentabilizando a
capacidade instalada para gerar multiplataformas de intervenção e participação
dos jovens em programas associados à Cidadania, ao Voluntariado, à
Solidariedade e à Cultura, todos de elevado potencial formativo e de largo
interesse social.
É também essencial, nesta legislatura,
promover a mobilidade juvenil, como condição de acesso à informação de
interesse para o estabelecimento de horizontes mais abrangentes de desenvolvimento
pessoal e social.
Orientações estratégicas
·
Elevar o nível de intervenção no setor da
Juventude através da criação de uma estrutura regional autónoma de coordenação
e concretização das políticas governamentais no setor, de modo convergente com
a Estratégia da União Europeia para a Juventude 2019-2027.
·
Criar condições institucionais que
assegurem a promoção do diálogo estruturado entre os jovens e as suas
organizações e os decisores políticos, enquanto método de construção de
políticas públicas para o setor.
·
Fortalecer o movimento associativo juvenil
e estudantil, adotando medidas que potenciem a utilização da Rede Regional dos
Centros de Juventude enquanto espaços de confluência dos jovens e das suas
estruturas representativas, mediante a disponibilização de serviços
complementares à dinamização das suas atividades.
·
Apostar na educação não formal como
metodologia de aprendizagem, enquanto mecanismo complementar de formação,
promovendo a implementação das políticas plasmadas na Estratégia Europeia da
Juventude 2019-2027.
·
Incrementar a mobilidade juvenil,
permitindo a sua integração em ações de formação ou eventos promovidos a nível
nacional e internacional, apostando na conjugação da afirmação da cultura
madeirense com o processo de construção europeia, designadamente no âmbito dos
programas das instâncias nacionais e internacionais com tais finalidades.
·
Otimizar o acesso à informação de interesse
juvenil, designadamente através de ferramentas tecnológicas dada a atual
supremacia do digital, para que seja garantida uma maior eficiência no processo
de comunicação e informação aos jovens, considerados individualmente, e das
respetivas estruturas organizativas.
·
Criar um quadro de apoios, nas mais
diversas áreas, suscetível de permitir aos jovens dotados de especial talento
acesso a percursos altamente especializados.
Ciência e Tecnologia
O desenvolvimento da Região deve encontrar,
no âmbito da Ciência e Tecnologia, uma alavanca capaz de otimizar as
potencialidades instaladas nos diferentes setores, com o objetivo de facilitar
tanto a investigação como a modernização, num quadro de aproveitamento integral
dos fundos nacionais e europeus disponíveis, em prole do desenvolvimento regional. Com efeito, a criação de emprego nas
indústrias criativas, em torno de intervenções interdisciplinares, tendo por
objetivo o reforço de aplicações, entre outras, nas áreas da Educação, do
Turismo, da Saúde, da Agricultura e do Mar, deve assentar, cada vez mais, na elevação
da despesa em IDT, em percentagem do PIB que permita a subida da Região no
ranking do país em termos de intensidade de IDT+I.
Orientações estratégicas
- Acelerar a implementação da estratégia regional de especialização inteligente, desenvolvida através da articulação dos contributos das instituições públicas e privadas que intervêm no setor, procurando-se que as respetivas intervenções contribuam positivamente para a que a estratégia definida constitua um espaço de desenvolvimento técnico e científico com efeitos positivos no desenvolvimento da Região.
- Desenvolver o sistema regional de Ciência e Tecnologia, dando continuidade às anteriores intervenções no setor, identificando e promovendo uma gestão eficiente dos recursos existentes e apoiando o funcionamento de unidades especializadas cuja atividade se desenvolve em torno de projetos criativos capazes de dinamizar investimento público e privado.
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