quinta-feira, novembro 28, 2019

Novos recordes nos gases com efeito estufa

Apesar das promessas do Acordo de Paris, os gases com efeito estufa, responsáveis pelas alterações climáticas, atingiram níveis de concentração recorde na atmosfera em 2018, com uma subida superior à média dos 10 anos anteriores. O alerta foi dado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), a uma semana da abertura da COP25, a cimeira da ONU sobre o clima, que arranca a 2 de dezembro em Madrid. Petteri Taalas, secretário-geral da OMM: "De momento, 85% da produção global de energia provém de combustíveis fósseis - carvão, petróleo e gás - e apenas 15% é energia nuclear, hidráulica e renováveis. Para termos sucesso na implementação do Acordo de Paris, devemos inverter estes números nas próximas décadas." A organização salienta que "não há sinais de que vá haver uma desaceleração, e muito menos uma diminuição, da concentração dos gases com efeito estufa na atmosfera" e que "as gerações futuras terão que enfrentar consequências cada vez mais graves das alterações climáticas". Petteri Taalas: "Tradicionalmente costumava ser a Europa e a América do Norte, os Estados Unidos, mas a China tornou-se no principal emissor. Mas também tem havido um forte crescimento das emissões em países fora da OCDE e isso demonstra que se queremos resolver o problema, é necessário um esforço global." No relatório anual, a agência das Nações Unidas indica que a concentração média de dióxido de carbono atingiu 407,8 partes por milhão em 2018, mais 0,56 por cento do que em 2017. Uma concentração 146% superior à verificada na época pré-industrial. Os níveis de metano também atingiram um máximo histórico, chegando a 259% dos níveis de 1750.

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