sábado, novembro 23, 2019

Nota: há coisas que não lembram nem ao diabo

Há coisas que não lembram nem ao diabo. Mas eu até acho piada, confesso. Quando as coisas são incómodas, em vez de darem atenção aos comentários, mesmo desalinhados - sobretudo esses - e saber se correspondem à realidade e assentam numa lógica construtiva positiva, nada disso, a estratégia é a de tentar atingir pessoas. E inventar tontices que revelam bem o carácter de quem as suscita. Imaginem que eu, com mais de 60 anos, militante do PSD-M desde 1974, afastado de toda e qualquer responsabilidade partidária, que penso pela minha cabeça, que não quero que ninguém se vincule ao que digo, apenas que leiam e reflictam, com 40 anos de ligação mais ou menos activa ao jornalismo, segundo esses escroques da estrumeira do costume, se preferirem uns excrementos renováveis que por aí andam, passaria a travestir-me de uma espécie de "vuvuzela" de médicos madeirenses da "velha guarda" como se eles precisassem disso para alguma coisa. Será que esses 40 anos de jornalismo não dão para a gente ver o que se passa, entender rápido porque acontecem certas coisas, desvendar como acontecem, com quem, e perceber com que intenções e propósitos, com que objectivos pessoais, etc, etc? Será que anda tudo doido?
A Saúde na Madeira, por uma razão ou outra à mistura, não sai da agenda mediática da política regional, penso que desde o Verão de 2014. Eu não tenho dúvidas que o PSD-M, entre outras causas, foi prejudicado por isso, pelo impacto negativo que a mediatização da saúde tem junto das pessoas.
O que eu quero é o sucesso e a rápida estabilidade do SRS para bem de todos, porque é a ele que todos recorrem, mesmo os que dele dizem mal ou em relação ao qual alimentam especulação e dúvidas. Na hora do aperto, estão lá todos no mesmo sítio, nas urgências hospitalares, entregues aos cuidados de profissionais cuja competência nem se questiona. O que quero, muito urgentemente, não é discutir pessoas, nem tentar desvendar o lado obscuro, mais ranhoso se quiserem, do que se passa nos bastidores das saúde. Isso ficará para outra altura, quando tudo começar a ficar claro como a água pura.
O que eu quero é que a saúde regional saia rapidamente da agenda política mais mediatizada, para que deixem de falar na (e da) saúde da forma que o fazem, olhando-a apenas como uma bandeira política agitada em função de conveniências partidárias, ignorando desgraças muitíssimo maiores e bem mais graves existentes noutros pretensos "paraísos" que por aí andam...
Obviamente que me repugna a ideia de partilhas "justificados" ou atribuídos a egocentrismos que nada têm a ver com o essencial da nossa vivência e da nossa terra, repugnam-me as exigências por causa de caprichos pessoais, como se a saúde fosse algo tão sem importância, ao ponto de ser "cubanizada" graças a uma qualquer brincadeira de mau-gosto. Se isto funciona agora assim, então especulando poder-se-ia dizer que, por exemplo, todos os deputados têm também a legitimidade para se comportarem da mesma maneira, exigindo, pressionando, ameaçando, etc, sob pena de, na hora da verdade, os eleitores frustrados (no caso disso) lhes apontarem o dedo e os rotularem de forma pouco dignificante. Só por não terem sido capazes de fazer o que outros insignificantes conseguem.
Acham que política é isto? A "minha" política não é isso. Para falar de Saúde basta a novela em torno do novo Hospital da Madeira, que vai render ainda muito, porque se trata de matéria marcada por contradições, hipocrisias e muita confrontação partidária e onde o confronto, esse sim, tem que ser político, persistente, determinado e agreste q.b. A saúde lá dentro, dentro das paredes dos edifícios, nos gabinetes e corredores dos hospitais ou centros de saúde, essa saúde não pode tolerar que a política se imiscua e desestabilize tudo e todos em prejuízo dos utentes. Isto nada tem a ver com partidos, porque estamos a falar de políticas públicas, de responsabilidades governativas.
Acresce que duvido que os problemas da saúde, ou em qualquer outras áreas de actuação governativa, se resolvam com falsos "profetas", com "sabichões" de pacotilha ou com manobras de bastidores para criar redes de influências pessoais, sabem-se lá com que intenção. Se o PSD-M resolver o problema de fundo da saúde, acho que a oposição vai ficar desesperada e sentir grandes dificuldades porque vai esgotar as suas bandeiras populistas que alimentam tanta demagogia, manipulação e distorção e invenções. Por isso o que nos faltava era termos de lidar também com oportunismos ou jogadas urdidas em estranhas almoçaradas ou jantaradas que por aí se realizam com os protagonistas conhecidos, a que se juntam, estranhamente, convivas que que nada têm a ver com o tema, mas que depois ampliam mediaticamente assuntos que lhes são soprados aos ouvidos como inocentes "sugestões". Há exemplos recentes disso...
Não rapazolas, eu não sou "vuvuzela" de ninguém, nem admitia sê-lo. Apenas tenho algo que me diferencia de vós. É que eu apoio por convicção o Presidente do Governo e Presidente do PSD-M mesmo que ele tenha cometido erros e eu não concordem em tudo com ele. É essa a diferença, a grande diferença, entre nós. (LFM)



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