Considerando os picos, maior e menor, da votação para as regionais entre 2004 e 2015, verifica-se o seguinte:
- a abstenção entre 2004 e 2015 aumentou cerca de 19 mil eleitores apesar dos votantes eleitores terem aumentado mais cerca de 10 mil pessoas, reduzindo entre 2007 e 2015 em mais de 13 mil eleitores aumentando cerca de 7 mil eleitores entre 2007 e 2011 e baixando entre 2011 e 2015 perto de 20 mil eleitores. Uma das recomendações que deixo é a de associarem o ano a acontecimentos ligados às eleições e tentar tirar as conclusões (2007, regionais depois da polémica com lei de finanças regionais, a maior votação, 2011, regionais em ano de descoberta da dívida "oculta" de 1,1 milhões de euros e perspectiva de austeridade imposta por Lisboa, o que sucedeu em 2012, e 2015 ano da saída de João Jardim da liderança do PSD). Entre 2004 e 2015 a taxa de participação eleitoral variou de 60,5% em 2017 para 49,7% em 2015.
Obviamente que a abstenção variou também entre os 39,5% de 2007 - dos mais baixos de sempre - e os 50,3% em 2015, o valor mais alto de sempre em eleições regionais.
Quanto ao PSD - considerando o mesmo período em análise no quadro - e se exceptuarmos os mais de 90 mil votos em 2007, um dos valores mais altos, constata-e que os 56,5 mil votos de 2015 foi dos mais baixos de sempre, menos 17.330 votos que em 2004 e menos 14.982 votos entre 2011 e 2015.
Curiosamente entre 2004 e 2015 o PS obteve neste ano o valor mais baixo de todos - apesar de ter concorrido numa espécie de coligação - e o CDS que em 2011 tinha dado um alto por razões facilmente explicáveis e que não tem qualquer mérito próprio, acabou por perder deputados e perto de 8.500 votos entre 2011 e 2015.
Curiosamente entre 2011 e 2015 o CDS perdeu quase 8.500 votos e o PSD outros quase 15 mil votos (o PS desceu 2.300 votos). Se somarmos estas perdas, perto de 25.800 votos superam os cerca de mais 20 mil eleitores abstencionistas entre 2011 e 2015. Mas a este fenómeno temos que associar os 13.000 votos que a JPP obteve ma sua primeira participação eleitoral para o parlamento regional, o que demonstra que os principais partidos perderam eleitores para este antigo movimento de cidadãos transformado em partido para as regionais de há 4 anos (isto sem falar na queda eleitoral do PTP que passou de 10.200 votos em 2011 para um número indefinido em 2015 dado que se perdeu numa espécie de coligação liderada pelo PS e que politica e eleitoralmente foi desastrosa (LFM)
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