A maioria dos portugueses acredita que o primeiro-ministro, António Costa, tinha conhecimento do encobrimento no processo de desaparecimento e de recuperação das armas de Tancos, ao contrário do que acontece com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Segundo uma sondagem da Aximage realizada para o Correio da Manhã, 52,5% dos inquiridos dizem que o chefe do Governo sabia da encenação da Polícia Judiciária Militar e de elementos da GNR em torno do furto das armas. É entre os eleitores do PSD (71,5%) e do CDS-PP (85%), mas também da CDU (72,7%), em larga maioria, que existe esta convicção. Por outro lado, 38% dos eleitores defendem que Costa não tinha conhecimento de nada. No que ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz respeito, o sentido dos portugueses é totalmente oposto: a grande maioria, 65,2%, respondeu que o Chefe de Estado não sabia do caso, enquanto apenas 23,4% dos entrevistados acreditam que Marcelo estava a par de toda a situação. Entre os que acreditam na palavra do Presidente da República, que já negou, por várias ocasiões, qualquer conhecimento sobre as armas furtadas, a maioria, 79%, são eleitores socialistas. A mesma sondagem indica que grande parte dos portugueses, 81,7%, está convencida de que a polémica de Tancos feriu com grande gravidade o bom nome de Portugal, assim como o bom nome das Forças Armadas Portuguesas (79,5%).
FICHA TÉCNICA - Universo: Indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidores de telemóvel. Amostra: Aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, atividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um subuniverso obtido de forma idêntica. A amostra teve 603 entrevistas efetivas: 281 a homens e 322 a mulheres; 59 no Interior Norte Centro, 85 no Litoral Norte, 104 na Área Metropolitana do Porto, 110 no Litoral Centro, 166 na Área Metropolitana de Lisboa e 79 no Sul e Ilhas; 100 em aldeias, 162 em vilas e 341 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido entre os dias 9 e 12 de novembro de 2018, com uma taxa de resposta de 76,9%. Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 603 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma margem de erro - a 95% - de 4,00%). Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz (Correio da Manhã)
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