segunda-feira, novembro 12, 2018

Trabalhadores da RTP querem demissão do presidente

Assim que foram anunciados os nomes da equipa de Maria Flor Pedroso para a direção da RTP, fizeram-se logo ouvir as vozes de protesto. Em comunicado, a Comissão de Trabalhadores da estação repudiou as "contratações de luxo" (de Cândida Pinto, da SIC, e Helena Garrido, ex-diretora do ‘Jornal de Negócios’, para diretoras-adjuntas) e pediu a intervenção "imediata" do Governo, exigindo, nomeadamente, a demissão do presidente do grupo público, Gonçalo Reis. "A Diretora de Informação da Televisão tem toda a legitimidade para propor a contratação de quem quiser, mas este Conselho de Administração, e nomeadamente o seu presidente não tem, nem a moral, nem legitimidade para aceitar estas contratações e ao fazê-lo revela que não tem a mínima capacidade para continuar à frente dos destinos da empresa", lê-se no comunicado intitulado "Uma pouca vergonha!"
Além de Cândida Pinto e Helena Garrido, a nova direção da RTP de Maria Flor Pedroso (que substitui Paulo Dentinho) mantém como adjuntos António José Teixeira e Hugo Gilberto (no Porto) e inclui, como subdiretores, Alexandre Brito, Joana Garcia e Rui Romano. O mesmo comunicado lembra que há, na RTP, trabalhadores que "já ultrapassam os 10 anos sem atualização salarial" e refere o caso das "centenas e centenas de trabalhadores precários" que continuam à espera de um vínculo à empresa. Contactadas, a RTP não comenta e a Comissão de Trabalhadores da RTP não presta declarações. Já o movimento dos precários da estação pública remete para "mais tarde" uma tomada de posição. O CM contactou ainda Cândida Pinto, sem resposta (CM)

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