Afinal
o que se passa na RTP? Súbitas mudanças na estrutura, redução de chefias, quase
100 trabalhadores a aderirem ao programa de reformas antecipadas, tudo isso
revelado num dia, escassos dias depois do Conselho de Opinião da RTP ter ouvido
dois dos directores da estação televisiva, um dos quais foi agora afastado. No
dia 17 de Julho haverá reunião em Lisboa, já convocada, para que o assunto seja
debatido e esclarecido. E tem que sê-lo, não apenas em relação à RTP-Madeira -
porque parecem existir questões novas em cima da mesa - mas em relação ao futuro do próprio grupo RTP, a
braços com um novo processo de dispensa, por acordo, de mais 100 trabalhadores
e pela multiplicação de incertezas quanto ao futuro da empresa. Uma incerteza
que acaba por alimentar a especulação e abrir portas ao à reintrodução na
agenda mediática e partidária do processo (polémico) de privatização da RTP.
Afinal
o que aconteceu?
A 26
de Junho, o Conselho Geral Independente – entidade máxima do grupo RTP – ermite
um comunicado dando conta que “conforme o previsto nos Estatutos da RTP, o Conselho de
Administração (CA) propôs ao CGI, para aprovação, uma nova orgânica interna,
reduzindo o número de direções/departamentos e cargos de estrutura, assegurando
que a agregação funcional é sinérgica e conduz a ganhos de eficiência,
assegurando também uma poupança nos gastos com o pessoal.
O CGI aprovou, por unanimidade, a proposta do
CA de uma nova orgânica interna, tendo como base os seguintes pressupostos:
- Serão criados 4 Comités de apoio ao Conselho de Administração, designadamente: Comité Estratégico, Comité de Informação, Comité de Conteúdos e Comité de Produção e Tecnologia, conforme o previsto no Projeto Estratégico 2024-2026 sendo apresentado ao CGI, antes do final de outubro de 2025, quem os irá integrar e as suas funções, devendo também o desenvolvimento das suas atividades e resultados alcançados constar obrigatoriamente dos relatórios semestrais e anuais de cumprimento do Projeto Estratégico;