Li
aqui que um "estudo revela que
o Chipre é o país em que, este ano, os cidadãos têm de trabalhar menos dias
para o Estado.
Os portugueses vão precisar de trabalhar este ano mais de cinco meses, até ao
dia 4 de Junho, para pagar impostos e só daí em diante o salário se torna
verdadeiro rendimento líquido, segundo um estudo. De acordo com o "The tax
burden of typical workers in the EU 27" ('O fardo fiscal dos trabalhadores
médios na Europa a 27'), relatório da organização New Direction - Fundação para
a Reforma Europeia, o número de dias que os portugueses têm de trabalhar para
pagar os seus impostos tem vindo a aumentar nos últimos anos. Em 2011, os
portugueses tiveram de trabalhar até 29 de Maio para cumprir as suas obrigações
fiscais e, em 2012, até 3 de Junho, data em que puderam celebrar o Dia da
Libertação de Impostos, dia a partir da qual o rendimento ganho já é para encaixe
próprio e não para o Estado.No contexto europeu, Portugal é, este ano, o 7.º
país da União Europeia (UE) onde os cidadãos têm de trabalhar menos dias,
depois de, em 2012, ter ocupado a 9.ª posição entre os 27 Estados-membros.
Segundo
o estudo, da autoria de James Rogers e Cécile Philippe, Chipre é o país em que,
este ano, os cidadãos têm de trabalhar menos dias (14 de Março), seguindo-se a
Irlanda (24 de abril) e Malta (29 de abril). Por oposição, os belgas são os
europeus que mais dias têm de trabalhar para se "libertarem" dos
impostos: este ano, a Bélgica assinala o Dia da Libertação de Impostos a 8 de
Agosto, três dias mais tarde do que em 2012. Os espanhóis, por exemplo, têm de
trabalhar até 12 de Junho para chegarem à libertação de impostos e os gregos
até 17 de Junho. Tomando a economia europeia como um todo, "os
trabalhadores médios na UE viram a sua taxa real de impostos aumentar novamente
este ano, dos 44,89% em 2012 para os 45,06% em 2013", uma subida que é,
"em grande medida, uma consequência do aumento do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (IVA) em 16 Estados-membros", lê-se no documento. Portugal é
um dos 16 países que aumentou o IVA, de 20% para 23% desde 2010, começou por
dizer à Lusa James Rogers, um dos autores do estudo. James Rogers acrescentou
que o total de impostos tidos em conta no estudo (contribuições para a
Segurança Social, impostos sobre o rendimento e IVA) pagos por um trabalhador
português médio "aumentou de 40,9% para 42,2% nesse período, o que
significa que tem de trabalhar mais cinco dias para pagar impostos do que há
quatro anos". A organização New Direction --- Fundação para a Reforma
Europeia, um 'think tank' (grupo de reflexão) com sede em Bruxelas, realizou o
estudo, em parceria com o Instituto Económico Molinari". Leia a mesma notícia no Económico e
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