sexta-feira, maio 24, 2013

DGO e a execução orçamental até Abril de 2013: Défice sobe mais de 1100 milhões num mês



"O défice orçamental das administrações públicas atingiu os 2.548 milhões de euros até Abril, um aumento de 1.148 milhões de euros só em Abril e mais 600 milhões que o verificado nos primeiros quatro meses de 2012. De acordo com a síntese de execução orçamental hoje divulgada pela Direcção-Geral do Orçamento, o valor do défice que conta para os critérios estabelecidos pela ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) ter-se-á situado em 2.407 milhões de euros até ao final de abril, um valor que, segundo disse hoje o ministro das Finanças, estará 300 milhões abaixo do previsto.Comparando com o valor apurado segundos os mesmos critérios (os da ‘troika’) para o final de Março, o défice deu um salto superior a mil milhões de euros em apenas um mês.O próximo limite trimestral a cumprir é o de fim de Junho (segundo trimestre), com o défice a não poder exceder os 4.500 milhões de euros. Estes limites já estão revistos e alinhados com a meta do défice menos rígida acordada com a ‘troika’ para a totalidade do ano, que passou de 5% para 5,5% do PIB.Em abril foi conhecida a decisão do Tribunal Constitucional relativa a quatro normas do Orçamento, cuja inconstitucionalidade obrigou o Governo a apertar o cinto aos serviços e a encontrar medidas para tapar um desvio de 1.326 milhões de euros nas contas do próprio Ministério das Finanças.A evolução registada em abril é explicada pelo Ministério liderado por Vítor Gaspar com o aumento de despesa que resulta da reposição do pagamento do décimo terceiro mês, que teve impacto nas pensões e abonos da Caixa Geral de Aposentação e da Segurança Social, tal como as despesas com pessoal, e ainda o aumento dos gastos com subsídio de desemprego e apoio ao emprego.O agravamento do défice acontece apesar de os impostos directos terem aumentado 17,9% nos primeiros quatro meses de 2013 face a igual período do ano passado, num ano em que entrou em prática o “enorme” aumento de impostos, como lhe chamou o ministro das Finanças, que têm um impacto especial no IRS.A totalidade das receitas fiscais cresceu 3,9% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2013 face ao mesmo período do ano passado" (fonte: Sol)