Já uma vez escrevi que não entendo patavina do que se passa com a produção e os circuitos de recolha e comercialização da banana na Madeira. O que eu sei é que a GESBA, empresa pública regional criada para o sector - numa altura em que as cooperativas privadas estavam falidas e reféns de muitas negociatas em Lisboa onde a produção raramente foi defendida - tem sido o alvo preferencial do JPP - pelo andar a carruagem não me espanta nada que outros actores da oposição se juntem, tardiamente e nesta campanha eleitoral aos mesmos atalhos dos "verdinhos" de Santa Cruz.
Mas nada se fica a saber. A JPP denuncia valores, o GESBA passa nega, passa um atestado de incompetência e de menoridade ao partido, a JPP falou há dias de 16 milhões de receitas, dos quais 12 milhões mandados não se sabe para onde e de 4 milhões para a produção, acho que algo assim ou parecido a isto, enfim, uma confusão que eu próprio não entendo. E queria. Porque não entendo? Por que falta a coragem de comunicar devidamente, de promoverem uma conferência de imprensa com toda a informação necessária, clarificando de uma vez por todas e perante a comunicação social, esta especulação - sim ou não? "limpando" dúvidas e especulações que começam a repetir-se demasiadas vezes. Enquanto isso, a opinião pública, os eleitores, os madeirenses mais interessados no tema, assistem sentados a todo isto como se não passasse de um simples jogo de pingue-pongue, rodando a cabeça de um lado para outro para acompanharem o movimento da bola, neste caso, para seguirem a disputa entre o JPP e a GESBA. Sem excluir se alguma coisa poderá ter-se passado - passou-se? - para que um partido se agarre a esta bandeira e a este tema, recorrentemente. Não é tempo de alguém - repito, não gestores ou figuras de segundo ou terceiro plano, que nem políticas nem responsabilidades governativas têm - darem a cara numa conferência de imprensa - é para isso que elas servem - e de uma vez por todas esclarecerem o que se passa? E quais os números verdadeiros, os da GESBA ou os do JPP? Caramba, custa alguma coisa a quem tem responsabilidade de poder acabar de uma vez por todas com a polémica apresentando factualidades, incluindo números, num sector que ainda é importante para uma parcela significativa de madeirenses, pese a reconhecida perda de influência do nosso sector primário? Caramba, façam isso imediatamente (LFM)
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