terça-feira, setembro 26, 2023

Nota eleitoral: as cautelas de Sérgio Gonçalves

Uma das coisas que no processo eleitoral me deu mais vontade de rir foi a treta do discurso usado por alguns, nomeadamente o PS-M - basicamente estamos a falar do grande derrotado nas urnas e ponto final - criticando a ausência do líder nacional do PSD na campanha. Ou criticando também a presença, neste caso catalogando-a como um sinal de medo. Duvido que fosse "medo" do PSD-M. Mas quem foi afinal o primeiro dirigente nacional a desembarcar em Santa Catarina no dia 8 de Setembro (depois de ter realizado na RAM em Junho as jornadas parlamentares nacionais) para uma visita a Machico, no primeiro dia de campanha eleitoral, onde esteve pouco mais de 3 horas num jantar-comício? Lembram-se do tal discurso da "ingratidão" e do apelo ao "beija-mão" submisso perante os alegados favores de Lisboa à Madeira? O primeiro líder nacional que esteve cá e zarpou logo que lhe foi possível, e que não voltou mais porque sabia qual seria o desfecho das eleições, foi António Costa. Gostaria contudo de salientar - ao contrário de outros que desempenhando tachos em Lisboa (e salvo a visita de Costa porque era preciso que fossem vistos e aparecessem) se esfumaram da campanha eleitoral socialista... - a presença de Paulo Cafofo, secretário de estado e único responsável pela presença de Sérgio Gonçalves na política regional, desde 2019, e depois na liderança do PS-Madeira, desde 2022, num desenho que sempre deu azo a especulações políticas. Continuo a pensar que o pensamento do PS-M sempre esteve mais centrado nas regionais de 2027 que nestas de 2023. Recomendo finalmente a Sérgio Gonçalves que se cuide com as movimentações que pretendem retirá-lo do lugar onde de encontra. Não se trata de especulação, nada disso, porque o assunto nem me interessa para nada. Mas como tenho consideração pelo dirigente socialista, o máximo que lhe posso recomendar é que esteja atento, não custa nada, e que se for capaz infiltre alguém da sua confiança em certas motivações de bastidores, incluindo jantaradas ou aqueles sempre intrigantes "copos" no final da tarde algures pela nossa urbe. Mas acho que ele já sabe disso (LFM)

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