sábado, novembro 06, 2021

Sondagem: Presidente devia ter permitido novo OE, mas “esteve bem” no processo orçamental



O Presidente da República devia ter criado condições para o Governo apresentar uma nova proposta de Orçamento do Estado, contudo Marcelo “esteve bem” durante a discussão do OE. Já a maior responsabilidade pela crise política é atribuída ao PS e ao primeiro-ministro António Costa, segundo a sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1. O estudo de opinião mostra que os inquiridos preferiam (53%) que Marcelo Rebelo de Sousa tivesse possibilitado ao executivo a apresentação de um novo Orçamento em vez de avançar para a dissolução parlamentar e convocação de eleições antecipadas, cenário preferencial para 42% dos entrevistados pelo CESOP.

Mesmo assim, a actuação do Presidente ao longo do processo de discussão do Orçamento é vista como positiva pela maior parte dos inquiridos. Para 51% Marcelo “esteve bem”, 25% acham que “esteve mal”, 10% consideram que “esteve muito bem” e somente 7% respondem que “esteve muito mal”.

O Presidente tem respaldo também no pré-anúncio feito de que em caso de chumbo do OE, haveria eleições antecipadas: 54% consideram que “fez bem” em fazer tal aviso e 38% dizem que “fez mal”. Quanto à data das eleições, 51% querem que decorram o “mais cedo possível” e 41% consideram adequado “adiar em função do calendário eleitoral dos partidos”.

A rejeição pelo Parlamento do Orçamento é vista como “negativa” por 68% dos entrevistados pelo CESOP, circunstância vista como positiva por apenas 23%. O PS e o primeiro-ministro são apontados como os maiores responsáveis pela actual crise política (37%), mas a responsabilidade também é assacada ao Bloco e à CDU (coligação eleitoral entre PCP e Verdes) por 31%. O PSD (5%) e o Presidente da República (4%) são indicados como responsáveis por uma margem reduzida de inquiridos.

Apesar da responsabilidade atribuída a António Costa, respectivamente 55% e 53% dos entrevistados consideram que o Governo “fez bem em rejeitar” as exigências do PCP e do Bloco. Alterando a perspectiva, 60% defendem que os comunistas “deveriam ter deixado passar o Orçamento” e 61% que os bloquistas deviam ter viabilizado as contas públicas para 2022. Com os inquiridos muito divididos sobre se o chumbo do OE é favorável a algum partido, com 47% a considerarem que sim e 46% que não, o PSD (22%), o Chega (16%) e o PS (12%) são apontados como os maiores potenciais beneficiários (Publico)

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