sábado, novembro 20, 2021

Lufthansa pode voltar às compras. TAP é candidata



A gigante alemã Lufthansa está liberta para voltar às compras, depois de ter reembolsado a última tranche de €1000 milhões da ajuda de Estado, e a TAP poderá voltar a estar na sua mira. A rápida reestruturação e a crescente procura por viagens ajudaram a libertar a Lufthansa da amarra que a impedia de participar em aquisições. Em outubro, a companhia alemã já tinha devolvido €1,5 mil milhões, agora devolveu o que faltava. Está livre para reforçar a consolidação. Em junho, e já depois de a Comissão Europeia ter avançado para a investigação aprofundada, o Governo português, sabe o Expresso, admitiu que iria retomar os contactos com a companhia alemã assim que esta devolvesse o capital ao Estado. O caminho está aberto. A Lufthansa, antes da pandemia, e ainda com o acionista norte-americano David Neeleman no capital, esteve a um passo de se tornar acionista da TAP. Chegou a avaliar a transportadora portuguesa em cerca de €1000 milhões. Parceira da TAP na Star Aliance, a Lufthansa mantém a operadora portuguesa debaixo do seu radar, mas agora já não quererá uma participação minoritária, mas sim o controlo. O Governo admitiu também em junho que não fecharia a porta a outros candidatos. Se houver outros interessados na TAP, como a Air France — companhia que nos anos 90 estudou uma fusão com a transportadora portuguesa, mas acabou destronada pela Swissair —, poderão ser equacionados. Seria a forma, bem vista por Bruxelas, de um privado entrar na TAP na sequência do plano de reestruturação. A Air France (parceira da holandesa KLM) ainda está limitados na realização de operações de fusão e aquisição, uma vez que ainda não reembolsa as ajudas de Estado. Mas estão a ser observadas com atenção possibilidades de parcerias comerciais entre a Air France/KLM e a TAP, um caminho facilitado pela liderança da francesa Christine Ourmières-Widerner, que trabalhou vários anos na Air France (Expresso, texto da jornalista ANABELA CAMPOS)

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