segunda-feira, novembro 22, 2021

Venezuela: partido do regime ganha 20 dos 23 estados e maior município do Distrito Capital



A oposição venezuelana conseguiu apenas três estados, perdendo outros três em relação às eleições anteriores, numa votação que contabilizou 58,2% de abstenção. O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) ganhou 20 dos 23 estados do país, nas eleições regionais e municipais, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O PSUV obteve ainda 58.93% dos votos para a Câmara Municipal de Libertador, o maior município de Caracas, a capital do país.

Os dados, correspondentes ao primeiro boletim oficial, foram divulgados pelo presidente do CNE, Pedro Calzadilla, e revelaram ainda que a oposição venezuelana conseguiu apenas três estados: Cojedes, Zúlia e Nova Esparta. Segundo Pedro Calzadilla, participaram nas eleições 8.151.793 eleitores que correspondem a uma participação de 41,80% dos cidadãos recenseados, tendo sido transmitidas 90,21% das atas eleitorais. A abstenção foi de 58,2%, superior aos 38,97 registados nas eleições regionais de 2017.

Nas eleições de domingo o PSUV conseguiu a maioria nos estados venezuelanos de Amazonas, Anzoátegui, Apure, Arágua, Barinas, Bolívar, Carabobo, Delta Amacuro, Falcón, Guárico, La Guaira, Lara, Mérida, Miranda, Monágas, Portuguesa, Sucre, Táchira, Trujillo e Yaracuy. A oposição ganhou em Cojedes (que era do PSUV), Zúlia e Nova Esparta, mas, em relação às eleições anteriores, a oposição perdeu o governo de Anzoátegui, Mérida, e Táchira, onde ganhara em 2017. Segundo o CNE, as juntas estaduais e locais deverão agora oficializar os resultados correspondentes às câmaras municipais, conselhos legislativos e municipais.

Os venezuelanos foram domingo às urnas para eleger as autoridades que nos próximos quatro anos vão dirigir os 23 estados e os 3.082 candidatos que vão exercer funções em 335 municípios do país. Segundo o CNE, foram apresentadas 70.244 candidaturas, incluindo dos principais partidos de oposição, que no passado apelaram ao boicote dos processos eleitorais, considerando não existirem garantias de transparência (Expresso)

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