quinta-feira, novembro 11, 2021

Nota: a desonestidade do vale tudo

Rui Rio - que nunca ganhou uma eleição nacional para o PSD (apenas viu o PSD aguentar-se em 2019 na Madeira sem maioria absoluta quando muitos até perspectivavam o descalabro de uma derrota) - acha que é desta que ganha. Bom proveito lhe faça. Rangel diz o mesmo apoiando-se na manipulação de uma na máquina passista que em 2010 garantiu o assalto ao poder no PSD para que uma corja de bandalhos oportunistas mais depressa chegasse ao poder em Portugal deixando o legado que em 2015 os portugueses enterraram de vez. O culpado da geringonça em Lisboa foi Passos Coelho (e Portas), não foi Costa e seus parceiros de "dança". Que isso fique claro.
Vem este apontamento a propósito do absurdo de Rio - mais um - de garantir que está disposto a negociar à direita ou à esquerda, num cenário de vitória social-democrata sem maioria, mas excluindo o Chega. Desde logo Rio não ganhou coisa nenhuma para andar a vender essas histórias tontas. Depois rejeitou um entendimento com o Chega que na óptica de Rio não se moderou - mas agora é o PSD quem dá ordens ao Chega?! - o mesmo Chega de Ventura que disse que só apoia um governo liderado pelo PSD se nele tiver vários ministros! O absurdo de Rio e esta desonestidade mentirosa e oportunista do líder do PSD resulta desta contradição, por um lado recusando, e bem, a extrema-direita num governo em Lisboa, mas por outro apadrinhando e apoiando, e mal, a solução parlamentar nos Açores que ditou uma geringonça de direita, numa miserável "salada russa" que apenas uniu vários partidos por causa do perfume do poder e dos lugares e que está longe de garantir a certeza do cumprimento de uma Legislatura regional. Ou seja, o Chega que Rio recusa para Lisboa porque não se moderou não é o mesmo Chega que apoia o governo liderado pelo PSD nos Açores? Mas querem enganar quem? (LFM)

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