A consultora Mercer num estudo divulgado em Junho passado refere (o estudo global da Mercer "Leading Through Unprecedented Times" foi realizado entre 12 e 29 de Maio de 2009. Integra as respostas de mais de 2100 empresas, com operações em mais de 90 países. A Distribuição geográfica é a seguinte: América do Norte (64%), Europa (22%), Ásia (19%), América Latina (8%) e Austrália/ Nova Zelândia (4%). Consoante o número de colaboradores, os participantes estão distribuídos do seguinte modo: menos de 500 colaboradores (39%); 501 a 5000 colaboradores (40%); 5001 a 10000 colaboradores (9%); mais de 10,000 colaboradores (12%):
" - 2/3 das empresas reduziram o número de trabalhadores nos últimos 6 meses. 58% prevêem reduzir a força de trabalho até ao fim do ano.
- Baixou o número de empresas que planeia fazer cortes radicais (mais de 10% dos colaboradores) até ao final de 2009
- A maioria das organizações inquiridas não pensa reduzir as contribuições ou mudar a estratégia de investimento nos planos de reforma.
- As empresas então a considerar propor planos médicos low cost aos colaboradores ou partilhar custos adicionais com estes, em vez de eliminarem os programas de benefícios.
Há sinais de abrandamento na redução drástica de postos de trabalho, remunerações e benefícios até ao final do ano, de acordo com o estudo da Mercer "Leading Through Unprecedented Times". Este estudo, realizado em Maio a nível global, inclui respostas de mais de 2100 organizações, com operações em mais de 90 países, incluindo Portugal. Os resultados mostram quais os principais desafios que as organizações enfrentam devido ao actual contexto de crise económica, no que respeita a benefícios, compensação, estratégia de investimento e gestão de talento. Este estudo actualiza os dados de um inquérito similar realizado pela Mercer em Novembro passado. Os resultados revelam que as empresas estão a implementar acções contínuas que permitam diminuir a exigente pressão sobre os custos – através de reduções da força de trabalho, congelamento de salários, redução de contribuições para planos de reforma e de saúde., Contudo destaca-se o facto da generalidade das empresas não estar a reduzir salários ou a eliminar por completo os planos de benefícios. Através do estudo percebe-se que os impactos sofridos pela economia variam de acordo com as regiões e indústrias.
Há sinais de abrandamento na redução drástica de postos de trabalho, remunerações e benefícios até ao final do ano, de acordo com o estudo da Mercer "Leading Through Unprecedented Times". Este estudo, realizado em Maio a nível global, inclui respostas de mais de 2100 organizações, com operações em mais de 90 países, incluindo Portugal. Os resultados mostram quais os principais desafios que as organizações enfrentam devido ao actual contexto de crise económica, no que respeita a benefícios, compensação, estratégia de investimento e gestão de talento. Este estudo actualiza os dados de um inquérito similar realizado pela Mercer em Novembro passado. Os resultados revelam que as empresas estão a implementar acções contínuas que permitam diminuir a exigente pressão sobre os custos – através de reduções da força de trabalho, congelamento de salários, redução de contribuições para planos de reforma e de saúde., Contudo destaca-se o facto da generalidade das empresas não estar a reduzir salários ou a eliminar por completo os planos de benefícios. Através do estudo percebe-se que os impactos sofridos pela economia variam de acordo com as regiões e indústrias.
Gestão de talento
Cerca de 58% das organizações analisadas em todo o Mundo planeia reduções no número de colaboradores nos próximos seis meses do ano, comparativamente aos 66% que reduziram no 1º semestre de 2009.
Importante é o facto de apenas 5% destas empresas planearem cortes radicais na força de trabalho (mais de 10% do número de colaboradores), se comparados com os 13% que concretizaram este tipo de redução nos seis meses anteriores ao estudo. A percentagem de empresas que projecta layoffs para os próximos seis meses varia de região para região. Na Europa prevêem-se menos acções deste tipo em comparação com o último semestre. Cerca de 71% dos participantes europeus referiram que as suas empresas efectuaram cortes de pessoal nos seis meses anteriores, sendo expectável para o próximo semestre que esta percentagem baixe para os 70%. Na Europa, tal como nas outras regiões, espera-se que o número de empresas com cortes radicais (mais de 10% dos colaboradores) desça para os 10%, face aos 16% registados no 1º semestre. 74% de empresas sedeadas nos Estados Unidos optaram por realizar cortes com o pessoal, esperando-se que esta percentagem baixe para os 64% até ao final do ano. Quanto às empresas asiáticas, apenas 59% cortaram no número de colaboradores, devendo este número baixar para os 45% nos próximos seis meses. Quanto a cortes radicais nas empresas asiáticas, está prevista uma redução significativa de 14% para 4%. ¾ das empresas industriais e de tecnologias de informação reduziram o número de efectivos desde o início de 2009, comparando com os 69% nas empresas do sector financeiro e 67% nas de serviços profissionais. Relativamente às estimativas até ao final do ano verifica-se uma diminuição nas tendências de cortes com o pessoal pelas empresas de indústria e tecnologias de informação verificando-se uma percentagem de 68% e 67% respectivamente, continuando a ser as mais sujeitas a reduções. Apesar dos impactos de uma envolvente económica desfavorável, muitas empresas continuam focadas nos seus recursos humanos mais críticos. Mais de 1/3 das organizações dizem continuar a contratar talentos-chave, mesmo levando a cabo uma redução do número de colaboradores. 35% das empresas planeia contratar novos talentos por via de recrutamento de substituição, 15% espera reduzir o número de colaboradores e 12% pensa aumentar o quadro de pessoal em 2009.
O estudo da Mercer mostra também que as organizações começam a considerar soluções laborais alternativas como forma de controlar custos com os seus recursos humanos. A nível global, 10% das empresas já implementaram políticas de redução voluntária do horário de trabalho e, consequente redução do salário, tendo 12% avançado com programas similares mas de carácter obrigatório. Até ao final do ano espera-se que o mesmo número de empresas adiram a este tipo de programas. A popularidade deste género de medidas difere consoante o sector. 29% das empresas do sector industrial instituíram a redução obrigatória do horário de trabalho, comparativamente com 13% das empresas de tecnologia e informática e 3% no sector de Banca/Finanças.
Importante é o facto de apenas 5% destas empresas planearem cortes radicais na força de trabalho (mais de 10% do número de colaboradores), se comparados com os 13% que concretizaram este tipo de redução nos seis meses anteriores ao estudo. A percentagem de empresas que projecta layoffs para os próximos seis meses varia de região para região. Na Europa prevêem-se menos acções deste tipo em comparação com o último semestre. Cerca de 71% dos participantes europeus referiram que as suas empresas efectuaram cortes de pessoal nos seis meses anteriores, sendo expectável para o próximo semestre que esta percentagem baixe para os 70%. Na Europa, tal como nas outras regiões, espera-se que o número de empresas com cortes radicais (mais de 10% dos colaboradores) desça para os 10%, face aos 16% registados no 1º semestre. 74% de empresas sedeadas nos Estados Unidos optaram por realizar cortes com o pessoal, esperando-se que esta percentagem baixe para os 64% até ao final do ano. Quanto às empresas asiáticas, apenas 59% cortaram no número de colaboradores, devendo este número baixar para os 45% nos próximos seis meses. Quanto a cortes radicais nas empresas asiáticas, está prevista uma redução significativa de 14% para 4%. ¾ das empresas industriais e de tecnologias de informação reduziram o número de efectivos desde o início de 2009, comparando com os 69% nas empresas do sector financeiro e 67% nas de serviços profissionais. Relativamente às estimativas até ao final do ano verifica-se uma diminuição nas tendências de cortes com o pessoal pelas empresas de indústria e tecnologias de informação verificando-se uma percentagem de 68% e 67% respectivamente, continuando a ser as mais sujeitas a reduções. Apesar dos impactos de uma envolvente económica desfavorável, muitas empresas continuam focadas nos seus recursos humanos mais críticos. Mais de 1/3 das organizações dizem continuar a contratar talentos-chave, mesmo levando a cabo uma redução do número de colaboradores. 35% das empresas planeia contratar novos talentos por via de recrutamento de substituição, 15% espera reduzir o número de colaboradores e 12% pensa aumentar o quadro de pessoal em 2009.
O estudo da Mercer mostra também que as organizações começam a considerar soluções laborais alternativas como forma de controlar custos com os seus recursos humanos. A nível global, 10% das empresas já implementaram políticas de redução voluntária do horário de trabalho e, consequente redução do salário, tendo 12% avançado com programas similares mas de carácter obrigatório. Até ao final do ano espera-se que o mesmo número de empresas adiram a este tipo de programas. A popularidade deste género de medidas difere consoante o sector. 29% das empresas do sector industrial instituíram a redução obrigatória do horário de trabalho, comparativamente com 13% das empresas de tecnologia e informática e 3% no sector de Banca/Finanças.
Compensação
No que respeita a remunerações, as empresas a nível mundial estão divididas equitativamente quanto aos seus custos referentes a salários base em 2009, face a 2008. Em 31% dos casos os custos de 2009 serão mais altos do que os de 2008, 33% serão iguais e em 36% menores que no ano anterior. Relativamente às variações verifica-se que a solução mais utilizada pelas empresas foi a de congelamento de salários ou adiamento dos aumentos face à alternativa de implementação de cortes salariais. Nos passados seis meses, 51% das empresas congelou os aumentos salariais nos níveis de pagamento de 2008 a, pelo menos, uma parte dos colaboradores; 32% congelou totalmente os aumentos; 30% diferiram aumentos e apenas 13% diminuíram os salários comparativamente a 2008. Tendo em consideração o pagamento dos bónus anuais, 57% das empresas projectaram bónus mais baixos para 2009 (baseados na performance de 2008) comparativamente com os bónus de 2008 (baseados na performance de 2007). Apenas 20% garantem pagamentos de bónus mais elevados em 2009, comparativamente a 2008. "Como resultado da conjuntura económica e a actual situação do mercado de trabalho, as empresas estão a desviar-se dos valores salariais competitivos do mercado e a focalizar-se nas capacidades internas" refere Diogo Alarcão, Market Leader da Mercer Portugal. "Todavia, é crucial que as empresas estejam conscientes dos valores médios praticados no mercado para não correrem o risco de se afastarem demasiado, esta situação poderá provocar desvantagens significativas no futuro quando a situação económica melhorar e o mercado labora se equilibrar".
Benefícios de reforma
Relativamente aos planos de contribuição definida, 73% das empresas não planeiam reduzir o seu nível de contribuições até ao final de 2009. No entanto, 14% já o fez nos últimos seis meses. Até à data, 1/3 reviu as directrizes do seu fundo global (32%) e 33% procederam à revisão dos investimentos e comissões administrativas, enquanto 43% pondera.pensa fazê-lo até ao final do ano. Quanto aos planos de benefício definido, 37% das organizações pretendem compreender melhor as condições actuais dos seus planos e tomar medidas para reduzir o risco inerente a estes. Nos seis meses anteriores ao inquérito, 34% já o fizeram.38% das empresas estão predispostas a mudar a estratégia de investimento de modo a reduzir o risco, ao passo que 25% prevêem alterar as suas políticas de financiamento; 14% e 12%, respectivamente, já o fizeram. Apenas 16% das empresas devem cortar ou parar as suas contribuições até ao final do ano, algo já concretizado por 10%.
Benefícios de saúde
Em períodos de recessão é habitual assistir-se a um aumento da utilização dos benefícios de saúde. Apesar desta tendência a maioria das empresas (94%) não eliminou nenhum dos seus programas correntes, de forma a controlarem as despesas para este ano. Em vez disso, optaram pela partilha de custos destes programas com os colaboradores, medida que será seguida por muitas empresas em 2010. Ao longo dos últimos seis meses, 29% dos inquiridos adicionaram programas de bem-estar e 38% reportaram que planeiam fazer o mesmo.Pouco mais de ¼ das empresas aumentaram as contribuições. O aumento de contribuições pelos colaboradores é mais comum nos Estados Unidos (45%) e entre empresas com mais de 10,000 colaboradores (34%). 23% das empresas também intensificaram os esforços para compreender os factores de custo. Pensando a longo prazo, as empresas terão tendência para implementar medidas que produzam resultados previsíveis – aumentar as contribuições dos colaboradores (58%), exigir a partilha de custos (50%) e oferecer planos low-cost (41%).
"No início de 2009, as empresas optaram por estratégias já testadas, com um impacto imediato nos custos", diz Diogo Alarcão, Market Leader da Mercer em Portugal. "Neste momento, verifica-se uma tendência para uma maior diferenciação baseada em respostas específicas para cada realidade. As empresas estão também a estudar soluções mais estratégicas e de longo-prazo que promovam o bem-estar e a mudança comportamental".
"No início de 2009, as empresas optaram por estratégias já testadas, com um impacto imediato nos custos", diz Diogo Alarcão, Market Leader da Mercer em Portugal. "Neste momento, verifica-se uma tendência para uma maior diferenciação baseada em respostas específicas para cada realidade. As empresas estão também a estudar soluções mais estratégicas e de longo-prazo que promovam o bem-estar e a mudança comportamental".
Atitudes dos colaboradores
De acordo com o estudo da Mercer, a segurança do emprego consta no topo da lista das preocupações dos trabalhadores – 50% das empresas disseram que os seus colaboradores demonstram uma preocupação significativa com os seus postos de trabalho. Este elevado grau de ansiedade é consistente em qualquer parte do Mundo. Dos três níveis de preocupação apresentados (elevado, moderado, baixo), a maioria das empresas na Europa, Ásia e Estados Unidos (54%) classificaram a segurança do emprego como uma preocupação elevada, enquanto no Canadá, Austrália/ Nova Zelândia a maioria classificou como sendo uma preocupação baixa (42% e 46%, respectivamente). 40% das empresas disse que os seus colaboradores expressaram uma preocupação maior com o impacto da economia na empresa em geral. Apenas 12% das empresas mostraram a preocupação dos seus colaboradores com o impacto da economia no custo dos cuidados de saúde e 37% abordou a preocupação dos colaboradores relativamente aos planos de reforma. A maior parte das organizações disse que os seus colaboradores demonstraram um nível moderado de preocupação sobre as promoções em 2009 e sobre os aumentos por mérito.
Outras conclusões
A função de RH continua a ser a mais pressionada ao nível da redução de custos, e 27% das empresas reduziram os investimentos planeados em serviços de RH nos últimos seis meses. Cerca de 28% deverá fazer o mesmo até ao final de 2009. A consolidação dos fornecedores em outsourcing é outra medida que as empresas estão a tomar, de modo a gerir custos globais. 17% das empresas já o fizeram e 33% prevê fazê-lo até ao final do ano. Apenas 10% das empresas inquiridas consideram que o aumento das fusões e aquisições é uma forte probabilidade em 2009".