- Vamos voltar a usar sempre máscara nas unidades
de saúde?
Não. Os especialistas sublinham que a proteção tem
de ser adaptada a cada situação. “A normalidade social mantém-se, não há razão
para voltarmos às máscaras, mas é preciso continuar a proteger os mais frágeis
e a manter a responsabilização individual”, explica José Artur Paiva, diretor
do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos
Antimicrobianos.
- Há hospitais onde o uso de máscara se manteve?
Sim. Sobretudo nos cuidados intensivos, onde estão
os doentes críticos. “As máscaras usaram-se antes da pandemia e vão continuar a
ser usadas, mediante os contextos epidemiológico, local e do doente”, afirma
Filipe Froes, antigo coordenador do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos para
a Covid-19.
- O aumento de casos nos Hospitais de Santa Maria
e Pulido Valente preocupa?
“Estamos a assistir a um aumento da incidência,
mas não há qualquer evidência de um aumento da gravidade. Só preocupa num
contexto de fragilidade imunitária, por doença ou nos grandes idosos”, garante
José Artur Paiva. É por isso que a OMS já alertou para mais mortes. “A maior
incidência resulta da Jornada Mundial da Juventude, festivais e aglomerados de
verão, novas mutações do vírus e diminuição da imunidade”, explica o
pneumologista Filipe Froes. “É a prova de que o vírus ainda não atingiu a
sazonalidade”, avisa.
- Quais são as novas regras nos Hospitais de Santa
Maria e Pulido Valente?
Os visitantes a internados têm de usar máscara e
higienizar as mãos e as visitas são limitadas a duas pessoas por dia, sem
presença simultânea. Nos internamentos, os profissionais são igualmente
obrigados a proteção facial quando prestam cuidados.
- Há uma nova vacina. Devemos ser vacinados?
A vacinação destina-se a pessoas com mais de 60 anos ou com fatores de risco (Expresso, texto da jornalista VERA LÚCIA ARREIGOSO)
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