segunda-feira, setembro 25, 2023

Madeira registou indicadores muito positivos no turismo, mas manteve elevados níveis de pobreza

A Madeira registou, em 2022, indicadores muito positivos na área do turismo, mas manteve elevados níveis de desemprego e de pobreza, além da tendência de envelhecimento acentuado da sua população, segundo dados oficiais recolhidos pela Pordata, que reuniu diversos indicadores, a propósito das eleições regionais. Segundo a Pordata, a riqueza 'per capita' produzida na RAM foi, em 2021 (últimos dados disponíveis), inferior à média nacional em 5,6% e à média da União Europeia em 30,5%, apesar de ser a quarta região do país com maior PIB 'per capita', a seguir à Área Metropolitana de Lisboa, Algarve e Alentejo.

No entanto, ao contrário do que acontece a nível nacional, "o saldo da balança de bens das empresas da RAM é positivo, ou seja, as empresas da Região exportam mais do que importam", um resultado sustentado pelos municípios do Funchal e de Porto Moniz.Um em cada quatro madeirenses vivia em risco de pobreza (com menos de 551 euros mensais) e cerca de 6.500 pessoas recebiam o Rendimento Social de Inserção (2,9% da população residente, em linha com os valores nacionais), das quais 53% eram mulheres, 35% tinham menos de 25 anos e 27% tinham 55 ou mais anos.

A taxa de desemprego madeirense era superior à média nacional (em 2022 eram 9.200 as pessoas desempregadas, representando uma taxa de 7%, acima dos 6% da taxa nacional), embora esta tenha sido a taxa de desemprego mais baixa desde 2011.

A taxa de analfabetismo na região, de 4,5%, é a segunda maior do país (a primeira, de 5%, pertence ao Alentejo, em comparação com a média nacional, de 3,1%) e a taxa de abandono escolar (10,6%) é também superior à média nacional (5,9%). Os níveis de escolaridade são mais baixos do que a média nacional: 17,5% têm o ensino superior (24,5% na totalidade do território) e 21,7% da população tem, no máximo, quatro anos de escolaridade (versus 19% a nível nacional).

Apesar de mais velha, a população madeirense está a crescer ligeiramente desde 2020, devido ao aumento de imigrantes (provenientes sobretudo da Venezuela, do Reino Unido, do Brasil e da Alemanha): 4,7% da população residente na RAM é estrangeira, com destaque para os municípios da Calheta e de Porto Santo, onde mais de 8% dos residentes são estrangeiros (Lusa)

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