Outra análise que podemos suscitar, a propósito das eleições regionais, passa pela comparação - sempre especulativa quanto a conclusões indiscutíveis, não quanto a dados, porque esses são os números oficiais - entre 2004 e 2019, entre as oscilações das votações do PS e as oscilações e o somatório das votações nos demais partidos da esquerda regional, sendo de referir que em 2015 os socialistas concorreram com uma coligação com outros partidos que acabou fortemente penalizada nas urnas:
2004
- PS - 37.898
votos, 27,5%
- PCP e Bloco - 12.490 votos, 6,5%
- Total dos votos da esquerda: 50.338 votos
2007
- PS - 21.699
votos, 15,4%
- PCP, Bloco e MPT - 15.018 votos, 10,66%
- Total dos votos da esquerda: 37.717 votos
2011
- PS - 16.945
votos, 11,5%
- PCP, Bloco, PTP, PAN e MPT - 24.114 votos, 16,38%
- Total dos votos da esquerda: 41.056 votos
2015
- Coligação PS,
PTP, PAN e MPT - 14.574 votos, 11,4% (nas regionais de 2011, estes 4 partidos, concorrendo isoladamente, somaram 33.031 votos e 22,4%, Palavras paras quê?)
- PCP, Bloco, MAS, PCTP e JPP - 28.875 votos, 22,63%
- Total dos votos da esquerda: 43.449 votos
Nota: o partido JPP, nascido de uma candidatura de cidadãos nas autárquicas de Santa Cruz, estreou-se este ano em eleições regionais como partido político. Só a JPP com os 13.114 votos quase igualou os votos da coligação liderada pelo PS de Vitor Freitas e que foi cilindrada nesta aposta eleitoral fracassada.
2019
- PS - 51.207
votos, 35,76%
- PCP, Bloco, JPP, PAN, PTP, PCTP e MPT - 17.524 votos, 12,24%
- Total dos votos da esquerda: 68.731 votos
Nota: nestas
eleições o PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta e o PS foi o segundo
partido mais votado com menos 5.241 votos.
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