terça-feira, setembro 19, 2023

Nota eleitoral: a abstenção mexe com muita coisa...

Espero que as regionais de 2023 não fiquem marcadas - seria desastroso, até para a consolidação da autonomia e para os processos que serão implementados, nomeadamente em termos de revisão estatutária e constitucional - por elevada taxa de abstenção. Julgo que um valor entre os 37 e os 40%, atendendo ao que tem acontecido na RAM, seria tolerável. Mais que isso não!

Ressalvo que a dimensão parlamentar dos partidos que venham a lograr presença na ALRAM, dependerá, e muito, da própria abstenção, lembrando e insistindo que a aplicação do método de Hondt, que nada tem a ver com percentagens mas com votos (a RAM e as Europeias são as únicas eleições assentes sem círculos únicos perfeitamente lamentáveis) penaliza os partidos mais pequenos e com menos votos caso os maiores mantenham votações elevadas e a abstenção seja elevada.

Elaborei este quadro que ajuda a perceber melhor o que se passa desde 1976 nas eleições regionais, sublinhando  na coluna da direita o ranking da abstenção mais elevada - 2015 continua a ser o ano-recorde (LFM)

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