terça-feira, setembro 26, 2023

Nota eleitoral: mas qual a alternativa? Eleições em Janeiro ded2024?

Há coisas que me fazem uma confusão enorme e mesmo que não acredite que exista má fé da parte de quem analisa de forma enviesada a realidade, escondendo deliberadamente das pessoas  factos concretos que desmentem qualquer discurso populista mais ou menos idiota - e o populismo não reside apenas no Chega porque há outros "chegas" à esquerda...

Vamos a factos

Com 47 deputados a Assembleia Legislativa da Madeira, para que exista uma solução parlamentar e governativa de maioria absoluta precisa de ter 24 mandatos. Lembro a configuração resultante das eleições de 24 de Setembro:

  • - PSD, 20 deputados
  • - PS, 11 deputados
  • - JPP, 5 deputados
  • - Chega, 4 deputados
  • - CDS, 3 deputados
  • - PAN, 1 deputado
  • - Iniciativa Liberal, 1 deputado
  • - PCP, 1 deputado
  • - Bloco, 1 deputado

Significa isto que o chamado centro-esquerda (PAN) e a esquerda (PS, JPP, PCP e Bloco) totalizam 19 deputados, 40,42% dos mandatos. A direita (Chega, CDS e Iniciativa Liberal) totaliza 6 mandatos, 12,76% do total e o centro-direita (PSD) tem 20 mandatos, 42,55% dos mandatos, mais do que toda a esquerda junta. Pergunto: não sendo previsível que Chega e CDS alinhassem numa alternativa ao PSD juntando-se ao PS mas sobretudo ao PCP e ao Bloco, e não tendo dúvidas que nem estes partidos queriam "negócios" com a tal direita, qual a alternativa a um entendimento entre PSD-CDS e um terceiro partido? Gostem ou não esta é a realidade, os números falam por si.

No caso dos Açores o acordo parlamentar foi feito a 5 e em Lisboa Costa e o PS fizeram acordo com 4 partidos. Com a agravante: estamos a falar no caso dos Açores e de Lisboa de geringonças protagonizadas pelos partidos que não ganharam eleições, apenas aproveitaram, legitimamente, o facto de terem a maioria dos mandatos. Por que motivo na Madeira teria que ser diferente, ainda por cima ficando no executivo quem ganhou eleições de forma incontestável? Não perceberam que a alternativa na Madeira, sem o PSD-M, seriam eleições regionais em Dezembro ou Janeiro de 2024? Mas é tão difícil perceber isto? Porque motivo se engana as pessoas? E alguém duvida que o desfecho eleitoral desse hipotético segundo acto eleitoral não seria o mesmo daquele que foi registado em 24 de Setembro em que a coligação ficou a um pequeno passo da maioria absoluta? Sejamos sérios, caramba! (LFM)

Sem comentários: