segunda-feira, janeiro 02, 2023

Venezuela "totalmente preparada" para normalizar relações com EUA

O governo venezuelano tinha suspendido as relações com os Estados Unidos em 2019, quando a administração norte-americana de Donald Trump reconheceu o opositor Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela. A Venezuela está "totalmente preparada" para normalizar as relações com os Estados Unidos, que cessaram em 2019, disse no domingo o Presidente, Nicolás Maduro. "A Venezuela está pronta, totalmente pronta, para avançar para um processo de normalização das relações diplomáticas, consulares e políticas com este governo dos EUA e com aqueles que possam chegar depois", disse Maduro numa entrevista ao canal Telesur, transmitida pela televisão estatal venezuelana. O governo de Maduro tinha suspendido as relações com os Estados Unidos em 2019, quando a administração norte-americana de Donald Trump reconheceu o opositor Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela. Numa tentativa de retirar Maduro do poder, a administração norte-americana adotou sanções contra Caracas, incluindo um embargo ao petróleo venezuelano. Embora o atual Presidente dos EUA, Joe Biden, continue formalmente a não reconhecer Maduro como Presidente da Venezuela, considerando as eleições de 2018 fraudulentas, a crise petrolífera causada pela guerra na Ucrânia levou a um reatar das relações. A Casa Branca enviou emissários a Caracas em 2022 para encetarem negociações e aliviou as sanções contra a Venezuela após um avanço nas conversações entre o regime e a oposição, que permitiram inclusive que o gigante petrolífero Chevron passe a operar no país latino-americano durante os próximos seis meses. "Estamos prontos para o diálogo ao mais alto nível, para relações de respeito, e espero que um raio de luz chegue (...) para que eles virem a página, deixem de lado esta política extremista, e cheguem a políticas mais pragmáticas em relação à Venezuela", disse Maduro. O Presidente venezuelano também afirmou que "as coisas estão a correr bem" com a União Europeia e que um "diálogo permanente" está a decorrer com o chefe da diplomacia dos 27, Josep Borrell (Expresso) 

Sem comentários: