A ‘Euronews’ considerou mesmo “a maior crise de confiança que abalou a liderança de Costa”, lembrando que o Governo “está cada vez mais sob escrutínio”. A “crise na TAP Air Portugal foi a bombarrelógio que desencadeou a última vaga de saídas”, apontou a publicação, que referiu, no entanto, “apesar de estar sob pressão, o atual Governo do PS pode estar seguro, pois tem maioria absoluta na Assembleia da República que lhe permite governar sem entraves até 2026. No entanto, se esta crise continuar a crescer como uma bola de neve, a pressão crescente pode mesmo levar o Presidente de Portugal a dissolver o Parlamento”.
O jornal ‘POLITICO’ sublinhou a saída de Pedro Nuno Santos do Governo de António Costa, na sequência “do enorme clamor público” sobre a indemnização recebida por Alexandra Reis aquando da saída da TAP.
Foi no país vizinho que a crise governamental foi mais discutida. O jornal espanhol ‘Heraldo de Aragón’ titulou: “Quando a maioria absoluta não basta”, salientando que “nove meses depois de assumir o seu primeiro Governo de maioria absoluta, o socialista António Costa enfrente uma crise interna”. “Mal poderia Costa imaginar que uma cadeia de escândalos o colocariam na corda bamba”, escreveu o jornal, reforçando que o Governo vive “a sua hora mais baixa”.
Também o jornal espanhol ‘El País’ deu destaque às demissões do Executivo, realçando que a saída de Pedro Nuno Santos do Ministério da Infraestruturas e da Habitação, “abriu uma crise política no Governo português”. Foi destacado ainda que o antigo governante é o “principal aspirante a suceder a António Costa”. Também a publicação ‘La Vanguardia’ lembrou que há dois ministros “na corda bamba”: Maria do Céus Antunes, com a pasta da Agricultura, e Fernando Medina, das Finanças, numa “crise inesperada do Governo socialista” (Multinews, texto do jornalista Francisco Laranjeira)
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