Escreve o Sol que "numa altura em que a relação de confiança dentro do actual governo PSD-CDS está em crise, Santana Lopes vem dizer que quando ele era primeiro-ministro, Paulo Portas foi factor de corrosão do Executivo de coligação, tendo dado força à decisão de Jorge Sampaio de levar o país para eleições. Depondo Santana. Portas, então também ministro de Estado, passava informações a Sampaio, que Santana desconhecia. «Hoje sei, através de declarações do então Presidente, que o CDS fazia chegar a Belém recados a demonstrar sentimentos contraditórios sobre a forma como as coisas estavam a correr ao Governo. Sampaio, aliás, acabava sempre por proteger Paulo Portas», escreve Santana Lopes no livro editado pela D. Quixote, intitulado Pecado Original. A obra passa em revista, com profusão de episódios, mais de 35 anos de ‘guerras’ entre Belém e S. Bento. E conclui que o sistema de equilíbrio entre Presidente, Governo e Parlamento resulta inevitavelmente num choque. Santana Lopes garante que este sistema de poderes «não existe, nestes termos, em nenhum outro país do mundo» E propõe alterações urgentes à Constituição.«A mudança desejável passa claramente por racionalizar o semipresidencialismo e limitar o poder de dissolução entregue ao Presidente». Em especial, «quando existe maioria absoluta», o Presidente «poderá continuar a vetar diplomas e a nomear o primeiro-ministro. O que não pode é dissolver o Parlamento» – propõe.
Passos corre risco de uma demissão presidencial
A solução teria evitado a deposição de Santana às mãos de Sampaio, em 2004. E deixaria Passos Coelho agora sem a sombra de uma demissão presidencial. O perigo para Passos é real, segundo o livro: «Cavaco Silva e Passos Coelho encontram-se em dessintonia, principalmente após a Mensagem de Ano Novo (para 2013)». «O vulcão do semipresidencialismo à portuguesa entrou em erupção com uma força quase sem precedentes, com um Governo eleito há apenas um ano e meio», escreve o ex-PM que usou em 2004 a imagem de um bebé no berço a ser atirado ao chão. Santana hoje teria sido mais duro e teria no discurso de posse criticado Sampaio por em 2004 ter esperado três semanas para o nomear PM, depois de Durão Barroso sair para Bruxelas. «Errei quando procurei desenvolver uma relação correcta com Jorge Sampaio», lamenta"
Passos corre risco de uma demissão presidencial
A solução teria evitado a deposição de Santana às mãos de Sampaio, em 2004. E deixaria Passos Coelho agora sem a sombra de uma demissão presidencial. O perigo para Passos é real, segundo o livro: «Cavaco Silva e Passos Coelho encontram-se em dessintonia, principalmente após a Mensagem de Ano Novo (para 2013)». «O vulcão do semipresidencialismo à portuguesa entrou em erupção com uma força quase sem precedentes, com um Governo eleito há apenas um ano e meio», escreve o ex-PM que usou em 2004 a imagem de um bebé no berço a ser atirado ao chão. Santana hoje teria sido mais duro e teria no discurso de posse criticado Sampaio por em 2004 ter esperado três semanas para o nomear PM, depois de Durão Barroso sair para Bruxelas. «Errei quando procurei desenvolver uma relação correcta com Jorge Sampaio», lamenta"