"O saldo
provisório das administrações públicas até abril, relevante para efeitos de
aferição do cumprimento do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro
(PAEF), ascendeu a -2407 milhões, 550 milhões abaixo do limite imposto pela
troika. No entanto, a reposição do subsídio de férias em duodécimos (em
substituição, desde abril, do subsídio de Natal que estava anteriormente a ser
pago às prestações) e as despesas com o subsídio de desemprego (mais 13,9%, para
972 milhões de euros até abril) estão a complicar a execução. Deste modo, o
saldo da Administração Central e Segurança Social ascendeu a -2468,6 milhões de
euros ( -1868,4 milhões no primeiro quadrimestre de 2012), situando-se o saldo
primário em -1011 milhões (-438,4 milhões no período homólogo). Esta evolução
homóloga resulta, sobretudo, de encargos acrescidos com a reposição do 13.º
mês, com impacto em pensões e abonos da Caixa Geral de Aposentações e Segurança
Social e despesas com pessoal, bem como da despesa com subsídio de desemprego e
apoio ao emprego. A receita teve um crescimento positivo, suportado, em
particular, pelo crescimento dos impostos diretos de 17,9% e pelo crescimento
das contribuições para sistemas de proteção social. As despesas com pessoal
apresentam um crescimento de 4,5%, explicado pelo pagamento em duodécimos do
subsídio e pela atualização dos encargos das entidades com a Caixa Geral de
Aposentações (CGA) e Segurança Social (SS). A explicação é relativamente
simples. A contribuição das entidades empregadoras passou de 15% para 20%, no
caso da CGA e, no caso dos trabalhadores que exercem funções públicas que
descontam para a SS, passou de 22,3% para 23,75%, ou de 17,2% para 18,6%,
consoante o tipo de vínculo" (fonte: Dinheiro Vivo)