Refere o Económico que "as diferenças entre as medidas de austeridade são residuais mas os portugueses estão mais preocupados com o aumento da carga fiscal do que com um corte salarial ou do 13º mês. Os portugueses estão muito preocupados com as medidas de austeridade que serão impostas pela ‘troika' de negociadores internacionais em troca de um resgate financeiro. A maioria (87%) acredita que os efeitos da actual crise durarão pelo menos cinco anos a passar, um valor que sobe para os 97% se isolarmos os inquiridos mais jovens (entre os 18 e os 34 anos). Na prática a esmagadora maioria dos portugueses acredita que a crise será sentida para além do tempo de duração do próximo Governo que sairá das eleições a 5 de Junho: 44% do total de inquiridos diz que a austeridade durará cinco anos, 20% diz que será sentida nos próximos 10 anos e 23% acredita que a actual crise financeira e económica será sentida ainda depois de 2021. A um mês do Governo português assinar com o FMI, BCE e Comissão Europeia um conjunto de medidas que permitam a adjudicação de um empréstimo de cerca de 80 mil milhões de euros, os portugueses já temem pela austeridade que será imposta. O aumento de impostos é o que mais assusta: 90 % dos inquiridos está muito ou muitíssimo preocupado com a imposição de mais carga fiscal. Um valor que cai para 86% quando se fala de um corte salarial, e para 84% quando a medida em causa é um corte do 13º mês. Apesar do grau de preocupação ser sempre elevado quando se fala de mais austeridade, é no corte de pensões que se atinge o valor mais baixo: 83% dos portugueses estão muito ou muitíssimo preocupados com a aplicação desta proposta".
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