quarta-feira, abril 27, 2011

Portugal é o 2º país da UE com mais doutorados

Li n o Expresso um texto da jornalista Isabel Leiria, segundo a qual "só a Suécia fica à frente no número de doutoramentos entre os 25 e os 34 anos. Maioria das metas europeias para 2010 falhou. Apesar de ser um dos países com mais baixas qualificações, Portugal tem também uma das mais altas taxas de doutoramento da União Europeia (UE) entre os 25 e os 34 anos: três em cada mil pessoas nesta faixa etária completaram este grau. Igual só a Finlândia. Melhor só a Suécia (3,2 doutorados em cada mil pessoas) — mostram os últimos números, revelados esta semana num relatório da Comissão Europeia. Parece um paradoxo, mas é apenas um dos sinais da evolução conseguida nos anos mais recentes em matéria educativa e, em particular, ao nível do ensino superior. A taxa de conclusão deste grau de ensino mostra como o panorama tem vindo a mudar: em 2000, só 11% dos jovens adultos entre os 30 e os 34 anos tinham um ‘canudo’. Nove anos depois, o número disparou para os 21%. O problema é que só agora o país se aproximou do nível que já fora alcançado pela média da UE precisamente há nove anos. E o esforço terá de ser redobrado nos próximos tempos, já que o objetivo definido na Europa para 2020 é chegar aos 40%. O retrato repete-se em várias metas educativas fixadas pela UE (ver tabela). Portugal melhorou significativamente, mas parte tão atrasado que continua muito aquém da média. Veja-se o caso do abandono escolar precoce e da taxa de conclusão do secundário. Os progressos são inegáveis, mas insuficientes para retirar o país da cauda da Europa. Nestes indicadores, apenas Malta fica atrás. A Comissão Europeia aponta um dos fatores que podem ajudar a explicar este atraso e dificultar a mudança. Na maioria dos países, mais de metade das pessoas com poucos estudos não têm emprego ou não estão à procura. Em Portugal acontece o contrário: “Os jovens abandonam a escola para entrar num mercado de trabalho que dá oportunidades de emprego a quem tem baixas qualificações”, lê-se no relatório. Outras das evoluções destacadas prendem-se com a melhoria dos resultados dos alunos de 15 anos nos testes internacionais do PISA (realizados pela OCDE) e o aumento de diplomados em Matemática, Ciências e Tecnologias, onde Portugal registou o maior crescimento da Europa. Este último indicador foi, aliás, o único dos cinco objetivos fixados pela UE para 2010 que foi globalmente atingido. Mas os responsáveis europeus não estão pessimistas e acreditam que as metas para 2020 vão ser alcançadas. Para isso, apela a comissária para a Educação, é importante que, apesar da crise, os países não cortem nos orçamentos para este sector”.

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