sexta-feira, abril 29, 2011

Mais cortes nos ordenados

Escreve o Correio da Manhã, num texto do jornalista António Sérgio Azenha que “o Fundo Monetário Internacional (FMI) quer que sejam aplicados mais cortes nos salários dos funcionários públicos e que a sua duração seja prolongada durante cinco anos. Ou seja, as reduções nos ordenados na Administração Pública e nas empresas do Estado acima de 1500 euros por mês, que foram aplicadas em 2011 e estavam previstas até 2013, poderão ser agravadas e inclusive vigorar até 2016. A necessidade de reforçar os cortes nos vencimentos dos funcionários do Estado já foi referida em algumas reuniões. E, segundo apurou o CM, os técnicos da troika do FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) deixaram claro que "na política salarial do Estado os sacrifícios deveriam ser aumentados e prolongados por um período de cinco anos". Como na Grécia e na Irlanda a primeira medida do FMI passou pela aplicação de cortes nos salários dos funcionários públicos, não admira que a mesma receita esteja a ser preparada para Portugal. Desde logo porque a redução dos vencimentos permite obter resultados imediatos na diminuição de gastos do Estado. A prova disso é que, segundo as próprias previsões do Governo, o corte de 5% na despesa com ordenados dos funcionários do Estado e das empresas públicas em 2011 permitirá uma poupança na ordem dos mil milhões de euros. No ano passado, os gastos com pessoal ascenderam a 11,4 mil milhões de euros. Os técnicos da troika já têm praticamente concluído o plano que define as medidas que Portugal terá de cumprir. E este deverá ser entregue ao Governo até ao final desta semana, a fim de ser aprovado até dia 4 de Maio. O apoio financeiro, que permitirá a Portugal fazer face aos seus compromissos nos próximos anos, ascenderá a 80 mil milhões de euros.
PORTUGAL EM OITAVO LUGAR NA POBREZA INFANTIL
A taxa de pobreza infantil em Portugal é de 16,6%, um valor superior à média de 12,7% dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Segundo um estudo publicado ontem, Portugal apresenta a oitava maior taxa de pobreza infantil entre os 34 países da OCDE, atrás de Israel, do México, da Turquia, dos Estados Unidos, da Polónia, do Chile e de Espanha. A Dinamarca, Noruega e Finlândia têm as menores taxas: de 3,7%, 4,2% e 5,5% respectivamente”.

Sem comentários: