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Por outro lado, a presença do FMI e a necessidade de conferir maior solidez ao sector financeiro, podem levar o Banco de Portugal a subir, ainda mais, os rácios de capital da banca, de forma a melhorar o acesso a finaciamento nos mercados internacionais. O nível de solvabilidade adequado poderá ser revisto para 10%. Esta hipótese foi admitida pelo próprio presidente do BCP, que na assembleia-geral realizada no início da semana passada afirmou que "será discutível se [o aumento de capital aprovado] chega para os tempos que aí vêm". Mas não é só o aumento de capital a ameaçar a rendibilidade das acções do BCP. O banco continua a ter de reduzir a dependência "do financiamento barato do BCE", refere o analista Mariano Colmenar, do Santander. Ainda que o momento não seja o mais favorável, há aspectos que podem justificar uma aposta no banco. Uma, é o facto de estar a negociar com um elevado desconto face aos ao valor dos activos, mesmo quando comparado com o sector. Outro trunfo do BCP é a exposição a mercados emergentes com potencial de crescimento, como Angola, Polónia e Moçambique. A actividade internacional representou 17,3% dos lucros conseguidos pelo banco em 2010. E a tendência é para esta proporção crescer.
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