terça-feira, abril 12, 2011

Portugal continuará em recessão em 2012 ao contrário da Irlanda e Grécia

Segundo o Jornal I, "Portugal será a única das economias periféricas da zona euro em recessão no próximo ano, apresentando também os défices correntes mais elevados, segundo as últimas previsões do FMI.O 'Panorama Económico Global' do Fundo Monetário Internacional, hoje divulgado, aponta para uma quebra de 1,5 por cento na economia portuguesa em 2011 e de 0,5 por cento em 2012, quando Grécia, Irlanda e Espanha já deverão apresentar taxas de crescimento entre 1,1 por cento e 1,9 por cento. Enquanto os défices correntes na Irlanda e, em menor grau, na Espanha, caíram no último ano para níveis mais sustentáveis, no caso de Portugal e da Grécia permanecem “excessivamente altos”, respetivamente em 10,4 por cento e 9,9 por cento. “Há sinais de uma inversão nestes quatro países. Inicialmente ajustaram-se através de uma contração das importações, mas as exportações começaram a contribuir para o ajustamento em 2010”, refere o relatório numa secção dedicada às economias da zona euro pressionadas pelos mercados, que faz uma comparação com a experiência dos países do Báltico no ajustamento pós-crise de 2008. O 'Panorama Económico Mundial' (WEO) hoje divulgado pelo FMI, aponta para um crescimento de 2,4 por cento nas economias desenvolvidas este ano e 2,6 por cento no próximo, muito abaixo do ritmo das economias dos países em desenvolvimento: 6,5 por cento em 2011 e 2012. Para a gestão da crise nas economias periféricas da Zona Euro, o FMI recomenda reformas que contribuam para o aumento da produtividade e ajustamentos dos custos laborais promovendo negociações salariais descentralizadas, remoção de mecanismos de indexação e redução de custos de despedimento, medidas já a ser implementadas na Grécia e Irlanda. “A consolidação orçamental em curso para lidar com os níveis de endividamento público elevado destes governos também vai contribuir para o ajustamento externo. A curto prazo, aumentar impostos ou cortar despesas públicas melhora o défice corrente restringindo a procura interna, incluindo importações”, sublinha. “A médio prazo, será útil criar folga para cortar impostos, assim dando apoio ao investimento privado e ao lado oferta”, adianta o relatório hoje divulgado pelo FMI”.

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