Como reagirão as
quatro principais economias europeias a um Brexit de sucesso? Será que estariam
interessadas em seguir um caminho semelhante ou recusam de todo a possibilidade
de deixar a União Europeia? Uma sondagem da Redfield and Wilton Strategies para
a Euronews mostra que Itália apresenta a maior probabilidade de considerar uma
saída da comunidade na eventualidade de o Reino Unido comprovar os benefícios do
divórcio. Quase metade dos
italianos inquiridos estaria disponível para apoiar a saída do país da União
Europeia. Isto sob a condição de o Reino Unido estar de boa saúde no prazo de
cinco anos. A Euronews lembra que os resultados da sondagem chegam apenas
semanas depois de o antigo jornalista de televisão Gianluigi Paragone ter
lançado o Italexit, um partido que defende precisamente a saída de Itália da
União Europeia. França e Espanha,
por seu turno, mostram um apoio moderado, ao passo que a Alemanha se apresenta
como o Estado-membro do grupo dos “quatro grandes” menos inclinado a considerar
sequer a hipótese de sair.
A Euronews quis
também saber o que pensavam os cidadãos de Itália, França, Espanha e Alemanha
sobre os efeitos a longo prazo do Brexit no Reino Unido: 45% dos franceses e
43% dos italianos concordou que o Reino Unido irá prosperar fora da comunidade
no futuro, mesmo que enfrente alguns problemas económicos numa primeira fase.
Também aqui, os alemães são os que menos acreditam num futuro risonho para o
Reino Unido pós-Brexit.
E o que acham os
“quatro grandes” do impacto que a União Europeia teve até agora nas respectivas
economias e sociedades? 32% dos italianos concorda que ser um Estado-membro
teve efeitos positivos ou muito positivos, ainda que 34% considere que haja um
impacto negativo a considerar. Itália é, entre os países analisados, aquele que
apresenta uma maior percentagem de pessoas que acredita que houve um impacto
negativo.
Em Espanha, por
outro lado, 57% dos inquiridos afirma que fazer parte da UE teve um efeito
positivo, o que contrasta com os 15% que apontam para efeitos negativos. Na
Alemanha, 49% dá conta de efeitos positivos; em França, 39% diz o mesmo.
A curto prazo, a
mesma sondagem mostra alguma esperança para a União Europeia. Se tivessem de
votar em breve num referendo que decidisse a continuação ou não do respectivo
país na comunidade, 67% dos alemães escolheria ficar. O mesmo aconteceria com
43% dos italianos, 47% dos franceses e 63% dos espanhóis (Executive Digest)
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