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terça-feira, janeiro 29, 2013

'O etíope é mesmo escurinho', diz João Soares...

Já no Sol, li que “o deputado socialista João Soares vem em defesa do líder da CGTP, na polémica sobre o alegado racismo na caracterização de Abebe Selassié. «O etíope é mesmo escurinho. E dizê-lo, como o disse Arménio Carlos (sou insuspeito) não é, nem de perto nem de longe, racismo», afirma o histórico do PS no Facebook. «Não vale fazer demagogia populista com coisas serias», acrescenta Soares, que foi amigo pessoal de Jonas Savimbi, o falecido líder do partido angolano UNITA. A polémica surgiu no sábado. Arménio Carlos, discursando na manifestação de professores em Lisboa, comparou os reis magos aos elementos da delegação da troika. Referindo-se a Selassié, caracterizou-o como o «mais escurinho». Nas horas seguintes, o líder da CGTP foi acusado nas redes sociais de racismo e desafiado a pedir desculpa. Mesmo na área política da esquerda as críticas surgiram abundantes.
O bloquista Daniel Oliveira observou: «Coisas extraordinárias vêm de quem menos se espera». João Ribeiro, membro da direcção do PS, perguntou no Facebook: «O Arménio Carlos já se retratou ou pediu desculpa?». Outro socialista, Sérgio Sousa Pinto, chamou «comentário deplorável» à passagem do discurso do sindicalista. Marcelo Rebelo de Sousa e o ex-deputado do CDS Narana Coissoró também criticaram. Antes de João Soares, várias vozes da esquerda – como o socialista Vítor Ramalho ou o bloquista Teixeira Lopes – vincaram que Arménio Carlos tem provas dadas no combate ao racismo, pelo que as acusações não fazem sentido. Quanto ao líder sindical, mostrou-se surpreendido pelo efeito das suas palavras, em entrevistas ao i e ao DN. «O que disse não tem nada de mal. Usei a palavra ‘escurinho’ para identificar um dos elementos, nessa analogia que fiz entre a troika e os reios magos, e é objectivo que tanto num caso como noutro existe um elemento negro», afirmou ao jornal i. «Se há quem se empenhe em Portugal pela defesa e respeito das diversas etnias, eu sou uma dessas pessoas», acrescentou. O secretário-geral da CGTP disse ainda que não tinha recebido conhecimento de pessoas que se sentissem pessoalmente ofendidas. Mas sublinhou: «Se por ventura alguém se sentiu incomodado, melindrado com o que eu disse, aproveito então esta oportunidade para pedir desculpas»

Arménio responde à polémica do "rei mago escurinho"

Segundo o DN de Lisboa, “o líder da CGTP diz que retiraram do contexto global a sua afirmação "rei mago escurinho" sobre líder da missão do FMI. O líder da CGTP Arménio Carlos usou uma frase para caracterizar Abebe Selassie, chefe da missão do FMI para Portugal, que ontem se tornou viral nas redes sociais e gerou uma enorme polémica. Ao falar do que muitos transcreveram como sendo o "rei mago escurinho" durante a manifestação que reuniu 40 mil professores em protesto em Lisboa, Arménio Carlos foi alvo de várias acusações. Marcelo de Rebelo de Sousa, ontem à noite na TVI, disse não "haver necessidade" e que uma frase assim fica mal a qualquer pessoa, ainda mais a "um homem de esquerda". No Facebook, entre outros, Daniel Oliveira, do Bloco de Esquerda, e Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, também não deixaram passar em claro a frase. "Esta crise anda a fazer quase toda a gente perder o norte e o sul", escreveu Daniel Oliveira, que 'postou' ainda: "Coisas extraordinárias vêm de quem menos se espera". Rui Moreira era mais duro: "Se não fosse comunista, caia o 'Carmo e a Trindade'". Em reação ao DN, Arménio Carlos recusa ser mal interpretado. "A única coisa que quero é que ponham aquilo que eu disse", afirmou o secretário-geral da CGTP. O líder sindical insistiu em que as suas palavras fossem transcritas com exatidão: "O que eu disse foi que em Fevereiro regressam os três reis magos, dois brancos e um escurinho, que são os representantes do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional. São os representantes dos grandes senhores. E acrescentei que são os mesmos que fizeram a sexta avaliação da troika e já falam em baixar a TSU, o IRS e em alterar o IVA e intensificar as privatizações". Depois de reafirmar as palavras que disse, Arménio Carlos aceitou comentar as reações polémicas que as suas declarações estão a causar. "Ou não ouviram e estão a retirar ilações racistas daquilo que eu disse, ou estão a amputar o que disse em termos de contexto geral", acusou, acrescentando que se está "a criar um facto retirado de um contexto mais global".
"Cada um é livre de fazer os comentários que quiser, mas racista não sou, não fui e nunca serei", disse ao DN o secretário-geral da CGTP, que sublinhou o papel da intersindical na luta contra o racismo e a sua própria colaboração em eventos como a corrida "Correr com o racismo". O que quis dizer foi que "aqueles que vêm a Portugal - sejam brancos, pretos ou amarelos - por em causa os nossos interesses nós temos de contestar", esclareceu. "Se por ventura ofendi alguém quero pedir desculpa", afirmou, apesar de vincar que as suas declarações na manifestação de sábado foram em "contexto político e de identificação, e nunca numa referência racial".

quinta-feira, agosto 23, 2012

Ex-arguido recusa pagar despesas de carro apreendido e usado pelo Governo

Um homem absolvido em Tribunal e a quem foram apreendidos bens está há mais de um ano à espera da devolução. Rui Sousa ficou a saber que o seu Mercedes foi atribuído primeiro ao Governo Civil de Viseu e depois ao gabinete do ministro Miguel Relvas. Durante esse tempo, foram feitas despesas no automóvel que agora Rui Sousa foi notificado para pagar. Entre elas está uma fatura de cerca de cinco mil euros com limpeza de vidros (veja aqui o video com esta notícia da RTP)

quinta-feira, julho 05, 2012

ERC: Raquel Alexandra diz que foi vítima de "chantagens"

Um elemento da Entidade Reguladora para a Comunicação Social revelou ter sido vítima de "chantagens" por causa da deliberação sobre o caso Miguel Relvas e jornal Público. Raquel Alexandra contou aos deputados, no Parlamento, que essas ameaças foram feitas por alguém que queria condicionar os resultados desse documento, sem no entanto revelar quem a ameaçou (leia aqui a noticia da RTP sobre este tema)

Relvas diz que referência a 2.º ano de Direito “foi um lapso”

Segundo a jornalista do Publico, Andreia Sanches, "o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas disse hoje à TVI que foi "um lapso" ter declarado à Assembleia da República, por duas vezes, que tinha frequentado o 2.º ano do curso de Direito. Tal como o PÚBLICO noticiou, quando aos 24 anos foi eleito pela primeira vez deputado para a Assembleia da República, para a IV legislatura que teve início em Novembro de 85, Relvas entregou no Parlamento o registo biográfico no qual escreveu na alínea das habilitações literárias: "Estudante universitário, 2.º ano de Direito." Todos os deputados entregam, no início das legislaturas, os seus dados biográficos. Na segunda-feira, o PÚBLICO questionou o gabinete de Relvas sobre a razão pela qual o então deputado referiu o 2.º ano de Direito — informação que também está no registo biográfico entregue na legislatura seguinte (que se iniciou em Agosto de 1987). Isto porque ao PÚBLICO o ministro tinha dito ter concluído apenas, em Julho de 1985, uma cadeira do 1.º ano de Direito. E também porque à data da tomada de posse como deputado já tinha pedido a transferência para o curso de História. Desde segunda-feira até ao momento, essa informação não foi facultada pelo gabinete de Relvas. À TVI Relvas respondeu hoje, por email, segundo foi noticiado há pouco: "Reconheço ter-se tratado de um lapso, de tal forma que o corrigi há 21 anos." O ministro refere-se ao facto de no registo biográfico entregue quando foi eleito pela terceira vez, na VI legislatura, já não ter referido o 2.º ano de Direito. Mas sim a "frequência dos cursos de Direito e História". Relvas esteve matriculado em quatro cursos: Direito (na Universidade Livre, onde fez uma cadeira); História (na Universidade Livre também, onde se inscreveu em sete, mas não concluiu nenhuma); Relações Internacionais (na Universidade Lusíada, que sucedeu à Livre depois da cisão desta, não frequentando nenhuma disciplina) e Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona. Requereu admissão a último curso em Setembro de 2006, concluiu em Outubro de 2007 e o diploma foi emitido em Dezembro desse ano".

É raro que currículo profissional encurte licenciaturas

Segundo a jornalista do Publico, Andreia Sanches, "ver o currículo traduzido em créditos, de forma a não ter que fazer todas as cadeiras de um curso superior, é algo que está previsto na lei e que cabe a cada uma das instituições de ensino decidir como deve ser feito. Mas afinal quão frequente é a utilização desta prerrogativa noutros estabelecimentos? Em cinco das seis universidades que responderam, é uma situação rara ou inexistente. Pelo contrário, na Universidade Lusófona, onde Relvas se licenciou num ano, é uma situação muito frequente. O PÚBLICO questionou muitas das maiores universidades portuguesas sobre quantas vezes atribuíram créditos a pessoas que pretendiam concluir um grau académico, vendo reconhecido a experiência profissional e escolar adquirida no passado. Na Universidade de Lisboa, uma das maiores públicas do país, aconteceu 15 vezes desde 2006. Na Universidade do Porto, com mais de 31 mil alunos, não há dados. O assessor de comunicação, Raul Santos, diz que aconteceu um "número mínimo" de vezes e que o máximo que pode ser descontado a uma licenciatura de 180 créditos são 60 (equivalente a um ano lectivo). Já na Universidade Técnica de Lisboa, o reitor António Cruz Serra, que não dispõe de dados, garante: "Ninguém aqui alguma fez uma licenciatura de três anos num ano." E há faculdades da Técnica, conta, que não fazem de todo esse reconhecimento. Na Autónoma, privada, houve em seis anos "sete ou oito pedidos" de reconhecimento de percurso anterior à licenciatura. E "alguns foram recusados", disse Reginaldo Rodrigues de Almeida, director da administração escolar. Também aqui, 60 créditos é o máximo descontado. Na Lusíada não se faz este tipo de reconhecimento. Na Portucalense, no Porto, a vice-reitora Paula Morais explicou que acontece com alguma frequência, mas que os alunos estão sempre obrigados a fazer pelo menos 25% do curso.
Números centralizados, nacionais, não há. Há universidades que exigem exames, entrevistas, provas documentais ou tudo junto. Cada caso é um caso. O tema ganhou actualidade depois de ter sido tornado público que o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, fez a licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais em apenas um ano. Segundo fez saber ao PÚBLICO, através do seu adjunto António Valle, Relvas requereu a admissão à Universidade Lusófona em Setembro de 2006. "O curso foi concluído em 24/10/07, com a classificação final de 11 valores, conferindo o grau de licenciado através da conclusão de 6 semestres equivalentes a 180 ECTS [créditos], nos termos do Processo de Bolonha", explicou, citando o diploma legal que adequava o curso de Ciência Política ao Processo de Bolonha (Despacho nº 13132/2006). Foi com Bolonha que se deu a uniformização europeia da estrutura dos cursos superiores tendo a maior parte das licenciaturas sido reduzidas a três anos. Por regra, são precisos 180 créditos para obter esse grau. O de Ciência Política da Lusófona prevê 36 cadeiras, distribuídas por três anos, que perfazem os tais 180 créditos. Segundo o gabinete de Relvas, foi na sequência da avaliação do seu currículo profissional e do facto de ter frequentado dois cursos superiores antes de 2006 (tendo concluído apenas uma cadeira de Direito na Universidade Livre) que foi possível ter o diploma num ano. Nem o governante nem a Lusófona disseram ainda quantos créditos foram atribuídos ao currículo de Relvas e quantas cadeiras de Ciência Política foram feitas. Ontem, o administrador da Lusófona, Manuel Damásio, falou pela primeira vez do caso. À Lusa disse que a universidade não impõe qualquer limite máximo nos créditos que atribui no processo de licenciatura por reconhecimento da competência profissional. Disse ainda que todos os casos são analisados individualmente. Na Universidade de Lisboa, a única que forneceu números concretos, os créditos obtidos pelos 15 estudantes que, desde 2006, viram o seu percurso anterior avaliado "variam entre um mínimo de 3 e um máximo de 48", num total de 180 ou 300 créditos, dependendo do tipo de ciclo de estudos em causa, disse o assessor António Sobral. Narana Coissoró, histórico dirigente do CDS e professor no curso que Relvas tirou, disse à TSF que o caso do ministro licenciado num ano é "absolutamente excepcional".

Miguel Relvas concluiu licenciatura com quatro exames e 32 equivalências...

Segundo o Jornal I, num texto dos jornalistas Carlos Diogo Santos e Kátia Catulo, "o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, obteve 32 equivalências e teve ainda de fazer exames a quatro disciplinas para poder concluir num ano a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Lusófona de Lisboa. No despacho assinado por Fernando Santos Neves, director do curso – que em 2006 também era reitor desta instituição de ensino privado -, são descritos todos os cargos e funções públicas ou privadas desempenhados pelo governante que serviram para justificar as unidades de crédito que lhe foram concedidas para a sua inscrição e matrícula no curso. Os cargos públicos que Miguel Relvas ocupou desde os seus 26 anos valeram-lhe a equivalência a 14 disciplinas. De acordo com o documento que o i teve acesso, a sua avaliação das "competências adquiridas ao longo da vida" teve em conta os nove cargos que o ministro ocupou seja como membro da delegação portuguesa da NATO, entre 1999 a 2002 ou como secretário da direcção do grupo parlamentar do PSD entre 1987 e 2001. Os cargos políticos desempenhados, por seu turno, permitiram a Relvas obter equivalências a três disciplinas do 2.º ano e ainda a mais uma do 3.º ano. Por fim, a avaliação do "exercício de funções privadas, empresariais e de intervenção social e cultural" permitiram ao antigo aluno da Lusófona adquirir equivalências a mais 15 disciplinas. Foi portanto com esta avaliação que Miguel Relvas foi admitido no curso, tendo contudo realizado quatro exames para que pudesse concluir o 1.º ciclo de estudos (licenciatura). Segundo o certificado de habilitações do ministro a que o i teve também acesso, o aluno fez as provas nas cadeiras de Quadros Institucionais da Vida Económico-Político-Administrativo, do 3.º ano (12 valores), Introdução ao Pensamento Contemporâneo, do 1º ano (18 valores), Teoria do Estado, da Democracia e da Revolução, do 2.º ano (14 valores) e ainda Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais II, do 3.º ano (15 valores).
INFORMAÇÃO ERRADA
Em 1985 - quando foi eleito pela primeira vez deputado para a Assembleia da República - o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares entregou no Parla- mento um registo biográfico seu onde mencionava que era estudante universitário do 2º anos de Direito. Confrontado com essa situação esclareceu ontem que não passou de um "lapso", que corrigiu há 21 anos. Ontem o primeiro-ministro considerou o tema "um não assunto", dizendo que nada tem a acrescentar ao que já foi dito: "Tanto quanto sei não há nenhuma ilicitude nem nenhuma irregularidade que tenha sido apontada. Para mim é um não assunto." À margem da assinatura de uma parceria entre a Universidade do Minho e a Bosch Car Multimédia, Passos Coelho aproveitou ainda para reiterar aos jornalistas a sua confiança no ministro Miguel Relvas. Mas esta não foi a única reacção a este assunto, o reitor da Universidade Lusófona fez saber que não existiram irregularidades neste processo de licenciatura. Mário Moutinho, disse à agência lusa que Miguel Relvas apresentou o dossiê com as suas habilitações, descrevendo o seu percurso profissional, e que o Conselho Científico da Lusófona o analisou e não teve dúvidas em conceder-lhe a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em apenas um ano (ver competências). Uma posição partilhada por Manuel Damásio, administrador da universidade. Este responsável além de adiantar que tudo foi analisado, frisou que não existem quaisquer limites nos créditos que se atribuem por reconhecimento da competência profissional".

Diretor do curso de Relvas diz que tudo não passa de "histórias da carochinha"

Sabe-se agora que Miguel Relvas conseguiu 32 equivalências na licenciatura da Universidade Lusófona num total de 36 disciplinas. Com a experiência profissional e política, o ministro teve que fazer apenas quatro disciplinas do curso de Ciência Política e Relações Internacionais. A Lusófona rejeita ilegalidades e, à RTP, aquele que era, à data dos factos, reitor e responsável do curso, disse que tudo não passa de "histórias da carochinha" (leia aqui a noticia da RTP sobre este tema)

Público a Magno: a «pressão inaceitável» que «por erro» não está no relatório"...

Li no site da TVI que "o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, afirmou quarta-feira que estava convencido de que a expressão «houve uma pressão inaceitável» do ministro Miguel Relvas sobre o jornal «Público» constava da deliberação do regulador. «Estava convencido de que essa expressão estava lá. Lamento que não esteja e o erro é meu», afirmou Carlos Magno na comissão parlamentar para Ética, Comunicação e Cidadania, no âmbito de um requerimento feito pelo Bloco de Esquerda (BE). O presidente da ERC admitiu «a culpa por não ter lido» a deliberação final, divulgada em 20 de junho, que ilibou o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, de «pressões ilícitas» sobre o Público e a jornalista Maria José Oliveira. «Desde o princípio que a minha tese foi a da diretora do Público e não me desviei um milímetro. Acho a pressão inaceitável, tal como a diretora do Público», declarou. Ainda assim, Carlos Magno realçou que não só se revê, como se orgulha da deliberação da ERC: «Não só me revejo, como me orgulho de tudo o que está escrito. Tem contradições, mas a vida é feita de contradições». «Se pudesse acrescentar tal frase: a expressão não é ilícita, mas é inaceitável, [a deliberação] não teria mácula», escreve a Lusa. No final da audição do conselho regulador da ERC, o presidente Carlos Magno lançou o apelo aos deputados da comissão para Ética, Comunicação e Cidadania para que «não parlamentarizem a ERC», depois de ter rejeitado qualquer instrumentalização do organismo regulador. Além de ilibar Miguel Relvas de «pressões ilícitas» sobre o Público e Maria José Oliveira, a deliberação da ERC considerou ainda que «não se comprovaram as denúncias de que o ministro tenha ameaçado promover um ¿blackout¿ informativo de todo o Governo em relação ao jornal e divulgar na Internet um dado da vida privada» da jornalista. A ERC assinalou, em contrapartida, o «tom exaltado» de Relvas em contactos telefónicos efetuados, nomeadamente para a editora de Política do jornal, e a ameaça de deixar de falar com o Público, comportamento que «poderá ser objeto de um juízo negativo no plano ético e institucional, ainda que à entidade não lhe compita pronunciar-se sobre esse juízo».

Magno: "ERC não está fragilizada, nem instrumentalizada"

Li no site da TVI que "o presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) defendeu esta quarta-feira que o órgão não está fragilizado, nem foi instrumentalizado no caso que envolveu o jornal «Público» e o ministro Miguel Relvas. Carlos Magno falava na comissão para Ética, Comunicação e Cidadania, no âmbito de um requerimento feito pelo Bloco de Esquerda (BE) para ouvir o regulador sobre o processo que opôs o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e o jornal «Público». Carlos Magno prescindiu dos 10 minutos que tinha para fazer uma introdução, sublinhando que «a ERC não está fragilizada, nem nunca foi instrumentalizada, nem será no futuro», enquanto liderar o órgão. Esta posição de Carlos Magno surge na sequência do requerimento do BE, que diz que a ERC está fragilizada. Aliás, na sua intervenção, Carlos Magno questionou os deputados se achavam que a ERC estava fragilizada, o que motivou uma reação do presidente da comissão, Mendes Bota. «Quem faz as perguntas são os deputados», a ERC está aqui para responder, afirmou Mendes Bota num tom descontraído, o que arrancou algumas gargalhadas entre os deputados. Catarina Martins, do BE, manteve a posição de que a «ERC está fragilizada e foi instrumentalizada». «Há uma frase da editora de Política do Público, Leonete Botelho: ¿Agora é tarde, senhor ministro¿ que é a chave para o que se passou», defendeu Carlos Magno, na comissão para Ética, Comunicação e Cidadania, no âmbito de um requerimento feito pelo Bloco de Esquerda (BE). O presidente da ERC considerou que «houve uma conjugação de várias vontades e de várias opiniões, todas convergentes em aproveitar um facto», rejeitando que tenha havido «uma cilada» do Público contra o ministro Miguel Relvas. Depois de ter antes ter dito que «não compete ao regulador fazer acareações», defendidas pelo Sindicato dos Jornalistas, Carlos Magno explicou esta quarta-feira que chegou a consultar o departamento jurídico da ERC, realçando que «mesmo que aquilo que os jornalistas dizem fosse assumido como verdade, não constituiria nenhum ilícito». No texto do requerimento da audição, aprovado no passado dia 22 pela unanimidade dos partidos representados na comissão para a Ética, o BE considerou que a deliberação da ERC, «que contou com votos contra de dois elementos do conselho regulador, levanta questões que urge esclarecer». Veja aqui o video da TVI sobre esta notícia.

«Mais vale não tirar uma licenciatura do que tirar uma assim»

Oiça aqui no site da TVI a opinião de Constança Cunha e Sá sobre a polémica acerca da licenciatura de Relvas.

Lusófona não divulga dados porque Relvas não autoriza

Li no site da TVI que "o reitor da Universidade Lusófona esclareceu esta quarta-feira que a instituição não divulga a avaliação de Miguel Relvas no curso de Ciência Política e Relações Internacionais porque o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares não autoriza. Em entrevista à SIC, Mário Moutinho explicou que o plano curricular, as cadeiras que tiveram equivalência ou os exames efectuados só serão divulgados se houver uma autorização do aluno, mas assegura que tudo foi feito «dentro da legalidade». «Isto faz-se em todo o lado e nós fazemos declaradamente», explicou o reitor a propósito das equivalências dadas a pessoas com currículo profissional importante na área em que se candidatam. À TVI, o administrador da Universidade Lusófona, Manuel Damásio, disse que existem «muitas centenas de casos de pessoas que têm beneficiado» desta exceção. O reitor da instituição, Mário Moutinho, disse à agência Lusa que Miguel Relvas apresentou o dossiê com as suas habilitações, descrevendo o seu percurso profissional, e que o Conselho Científico da Lusófona o analisou e não teve dúvidas em conceder-lhe a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em apenas um ano. «Teve de entregar um dossiê com o detalhamento do seu currículo, o Conselho Científico procurou ter a segurança de que estava frente a um candidato sério que não havia razão para dúvidas», descreveu. Na altura, Miguel Relvas «ainda não tinha a fama que tem hoje, na altura era um deputado entre muitos». Do seu dossiê faziam parte «fotografia, currículo, certificados, cartas de recomendação, tudo o que entendeu poder ajudar a que a instituição reconhecesse o seu trajeto de vida». Mário Moutinho assegurou que o que se passou com Miguel Relvas «aplica-se a muitos alunos da Lusófona» e afirmou esperar que a publicidade dada ao caso do ministro «ajude a esclarecer que as pessoas têm direito a fazer reconhecer as suas habilitações profissionais». Opinião diferente tem Narana Coissoró, professor de Ciência Política na Universidade Lusófona e ex-deputado. «É absolutamente excecional. Há muitas personalidades a quem se dá o doutoramento 'honoris causa', mas não conheço nenhum caso de licenciatura 'honoris causa», afirmou à «TSF».

Chefe do FMI não quer renegociar acordo com Atenas

Christine Lagarde opôs-se à renegociação do acordo da troika com a Grécia (leia aqui a noticia da RTP sobre este tema)

Relvas admite lapso em informação ao Parlamento

Miguel Relvas admitiu um lapso quando disse no Parlamento que frequentava o 2.º ano do curso de Direito. Na verdade, só tinha completado uma cadeira do primeiro ano. Essa informação consta do registo biográfico entregue por Miguel Relvas no Parlamento em 1985 e novamente em 1987, tendo sido corrigida três anos depois (leia aqui a noticia da RTP sobre este tema)

Primeiro-ministro desvaloriza polémica em redor de Miguel Relvas

Passos Coelho diz que se trata de um não-assunto, porque não foram detectadas irregularidades, e reafirmou a confiança política em Miguel Relvas (leia aqui a noticia da RTP sobre este tema)

Miguel Relvas concluiu num ano licenciatura de três

A Universidade Lusófona atribuiu ao actual ministro a licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais com base no currículo profissional. O presidente da Universidade Lusófona garante que tudo foi feito de acordo com a lei (leia aqui a noticia da RTP sobre este tema)

Licenciatura obtida por Relvas num ano "não é uma situação vulgar"

O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares concluiu uma licenciatura de três anos em apenas um - o currículo profissional é a justificação para a redução do tempo de curso. O presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado, João Redondo, afirmou à RTP que, não sendo ilegal, "não é uma situação vulgar". Por sua vez, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considera que a controvérsia é um "não assunto". E mantém a confiança no ministro (leia aqui a noticia da RTP sobre este tema)

terça-feira, agosto 23, 2011

Vergonha: hino alemão trocado por nazi

A dupla feminina alemã formada por Anne Knorr e Debora Niche conquistou medalhas de ouro no Mundial de canoagem disputado na Hungria. Quando subiram ao pódio não ouviram o hino oficial da Alemanha, mas o antigo hino nazi. Veja aqui o video da barracada

quarta-feira, maio 25, 2011

Afinal, Passos Coelho começa a ter...razão!

Noticia o Económico que "a ministra Gabriela Canavilhas argumenta que eram situações precárias. O Ministério da Cultura confirmou hoje, em comunicado, que admitiu 77 funcionários no último semestre de 2010, apesar do congelamento de contratações, que está em vigor desde Julho do ano passado na administração pública. O ministério tutelado por Gabriela Canavilhas reagia assim à notícia avançada hoje pelo Diário Económico segundo a qual dois dos quinze ministérios - o da Cultura e o do Ensino Superior - aumentaram o número de trabalhadores no segundo semestre de 2010. Estes dois ministérios contrataram 665 pessoas em apenas seis meses. No comunicado, o Ministério da Cultura confirma ainda que se tratavam de situações de trabalhadores precários que foram integrados nos quadros. Contactado sobre o teor específico do comunicado, o gabinete de imprensa da Cultura reconheceu que não se trata de desmentir a notícia avançada pelo Diário Económico, mas antes de lembrar que o aumento de 3% de trabalhadores no segundo semestre não impediu que, entre 2005 e 2010, se tivesse verificado uma redução dos quadros de pessoal em 27,2%".

terça-feira, novembro 02, 2010

Advogado de chefe de gabinete de Sócrates é dono da "F5C"...

Segundo o Publico, num texto da jornalista Maria Lopes, “a empresa First Five Consulting (F5C), uma das maiores prestadoras de serviços na área da assessoria mediática e de organização de eventos para o Governo, está em nome do advogado que defende o chefe de gabinete de José Sócrates no caso contra o deputado de socialista Vítor Baptista. Este acusa André Figueiredo de tráfico de influências, ao tentar aliciá-lo com a promessa de um cargo numa empresa pública, em troca da sua não-recandidatura à federação de Coimbra, e vai ser processado. O nome do advogado, Jorge Manuel Abreu Rodrigues, aparece na base de dados do Ministério da Justiça como sendo o administrador único da F5C - que é uma sociedade anónima -, e nos relatórios de negócios é apresentado como detentor de 100 por cento do capital. Contactado pelo PÚBLICO, recusou falar no assunto. Porém, João Tocha, o director-geral da F5C, disse ao PÚBLICO que é também accionista, com metade do capital. Mas a empresa, afinal, é mais do que uma agência de comunicação: além da "prestação de serviços de consultoria, estudos, projectos e management em todas as áreas da vida económica, marketing, comunicação e publicidade", tem também como objecto social a "compra e venda de imóveis para revenda". De acordo com o portal dos contratos públicos, a F5C facturou, desde final de 2008, perto de 1,2 milhões de euros em eventos e assessoria a entidades públicas como o IAPMEI, ministérios da Educação, Saúde, Agricultura e Justiça, a Estradas de Portugal, os governos regionais dos Açores e da Madeira, Parque Expo, Governo Civil de Lisboa e municípios de Campo Maior, Rio Maior e Oliveira de Azeméis. Fundada em 2007, a F5C integrou entre os accionistas elementos próximos do gabinete de Sócrates e teve uma ascensão meteórica na facturação - 2,5 milhões de euros em 2009. Apontado como bastante próximo das cúpulas socialistas, João Tocha prefere dizer que trabalha e aconselha políticos e partidos independentemente da cor. E sobre o facto de a empresa ter tanta exposição na comunicação social por aparecer ligada à organização de eventos públicos diz que é a "demonstração da falta de habilidade" de quem o quer "prejudicar e só consegue dar maior visibilidade a custo zero" à F5C - uma referência à agressividade que domina o mercado da comunicação política".