O que está em causa?
Num frente-a-frente contra Pedro Anastácio (PS), o vice-presidente do CDS-PP, Paulo Núncio, destacou o modo como os projetos de lei que o partido encabeçado por Pedro Nuno Santos tem conseguido aprovar no Parlamento, ao longo da atual legislatura, têm contado com uma “viabilização do Chega”. É verdade? “Há uma desorientação estratégica fundamental do Chega”: a observação foi feita na noite de quinta-feira, num espaço de comentário no canal Now, pelo líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, em reação às posições que têm sido assumidas pelo Chega a propósito das negociações para o Orçamento do Estado para 2025.
Depois do dirigente desse partido, André Ventura, ter reiterado que ficará de fora dessas conversações, o centrista considerou, a esse propósito, que o Chega “definiu como aliado preferencial, neste mandato, o Partido Socialista e está a ser fiel a essa linha”. Isto porque, “no que temos de mandato parlamentar até agora”, esse grupo parlamentar “tem estado sistematicamente ao lado do PS e da extrema-esquerda” e, consequentemente, “sido a bengala útil” do partido liderado por Pedro Nuno Santos. De forma a sustentar o seu argumento, afirmou ainda: “Tudo o que o PS aprovou na Assembleia [da República], já foram cinco ou seis projetos, foi com a viabilização do Chega.” Confirma-se esta alegação?