Perguntar não ofende...

Como perguntar não ofende, gostava de saber quantas conferências de imprensa se realizaram no Funchal na sequência da publicação por um jornal do Funchal - o DN - de uma notícia com o título "PIDDAC dá sete vezes mais aos Açores"? Eu explico a razão de ser da minha pergunta: como no passado várias conferências de imprensa foram despoletadas por notícias publicadas com destaque na imprensa regional, particularmente pelo mesmo DN, pensei que hoje o mesmo se tivesse passado...

"PIDDAC dá sete vezes mais aos Açores"

Com este título publica hoje o DN do Funchal um texto da jornalista Sandra Cardoso que dispensa mais comentários quanto à interpretação que devemos dar ao que está a ser feito à nossa região pelo governo socialista de Lisboa: "O Governo da República vai investir 5 472 341 milhões de euros no próximo ano na Madeira no âmbito do PIDDAC- Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central, consagrado no Orçamento de Estado (OE) 2009. Relativamente ao ano passado há um ligeiro decréscimo. Em 2008, o PIDDAC para a Madeira foi de 5 757 513 milhões de euros. Os Açores, por seu turno, vêem os investimentos na Região aumentar em 2009. O PIDDAC para o arquipélago é de 36,8 milhões, sete vezes mais do que a verba destinada aos projectos na Madeira. Relativamente a 2008, há um acréscimo de cerca de 12 milhões, já que este ano receberam cerca de 23 milhões. Este número vem na linha do que tem vindo a acontecer nos últimos anos (ver gráfico). Em 2001, o PIDDAC para a Madeira rondava os 26 milhões de euros, decresceu para 17 milhões no ano seguinte, tendo voltado a subir. Em 2004, durante o Governo de Durão Barroso passou de 29 milhões. Mas com José Sócrates os investimentos do Estado na Região diminuíram significativamente. Em 2006 foi de 15 milhões, tendo caído para os 5 milhões em 2007, número que pouco alterou nos anos seguintes". Como a notícia não agrada -. sabe-se a quem... - acho que é melhor adiantar uma solução: acusem o DN de estar feito com o poder, acusem a jornalista de estar "vendida", mandem um comando qualquer a Lisboa dar cabo da "miúda". Para veicular certas notícias...rosas, ela serve, mas para falar de realidades incontestáveis e inegáveis como esta, aí não, a jornalista vira "mentirosa", "incompetente".