Marcelo Rebelo de Sousa continua a ser o político mais popular, ainda que se perceba uma pequena degradação na avaliação dos portugueses. De acordo com a sondagem da Pitagórica para o JN, TSF, e TVI/CNN, o presidente da República tem agora um saldo positivo de nove pontos percentuais (diferença entre as notas positivas e negativas). São apenas mais dois pontos do que Luís Montenegro, mas, quando está em causa a confiança, o inquilino do Palácio de Belém tem uma vantagem substancial sobre o de S. Bento: 36% confiam mais em Marcelo (uma vantagem de 15 pontos sobre o atual primeiro-ministro).
Marcelo Rebelo de Sousa arrancou estes barómetros da Pitagórica com um saldo positivo de dez pontos, em janeiro passado. Em março e abril, com o anúncio e depois a confirmação de uma crise política, a sua popularidade cresceu. Quando nos aproximamos das eleições, volta ao ponto inicial. Tem agora um saldo positivo de nove pontos, que correspondem a 53% de avaliações positivas e 44% de notas negativas. Uma das explicações para esta quebra está nos homens: o presidente volta a terreno negativo. São, portanto, as mulheres que o mantém acima da linha de água: entre elas, tem um saldo positivo de 19 pontos.
Os maiores adeptos do presidente são os pensionistas
Quando se analisam os diferentes segmentos que compõem a amostra, percebe-se que também há alterações significativas em algumas das faixas etárias. Pela negativa, nos portugueses que têm entre 55 e 64 anos, entre os quais Marcelo passa de um saldo amplamente positivo, no final de março, para negativo. Ao contrário, nos dois escalões entre os 25 e os 44 anos passa para terreno positivo. O que se mantém estável é a popularidade entre os mais velhos: no grupo dos que têm 65 ou mais anos, o presidente apresenta um aldo positivo de 21 pontos.
Nas classes sociais, Marcelo mantém o padrão do mês passado, ou seja, quanto menor o rendimento, melhor a avaliação. No que diz respeito à geografia, continua em alta no Sul e Ilhas (saldo positivo de 28 pontos). Nas restantes regiões o saldo também é positivo, mas nota-se uma acentuada quebra de popularidade no Centro (o saldo positivo desce de 21 para sete pontos). Finalmente, quando a análise incide no voto partidário, tem saldo positivo entre os eleitores da AD (29 pontos), PS (nove pontos) e Livre (dois pontos). Nos restantes está em terreno negativo, com destaque para os comunistas (saldo negativo de 26 pontos).
Na confiança, Marcelo leva a melhor sobre Montenegro
Como já se referiu mais acima, no jogo da confiança, o presidente da República continua a ter uma razoável vantagem sobre o primeiro-ministro: 36% tem mais confiança em Marcelo (com destaque para os mais velhos, os lisboetas e os socialistas), e 21% opta por Montenegro (com destaque para os homens e os que têm entre 55 e 64 anos), o que resulta numa superioridade de 15 pontos para o inquilino do Palácio de Belém.
No entanto, a “igual confiança” volta a ser a resposta preferida dos inquiridos (37%), em particular entre as mulheres, os que têm 35 a 44 anos e os eleitores da AD (48%, o que talvez se explique com o facto de ambos serem destacados sociais-democratas).
Ficha técnica
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF e JN, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a atualidade do país. O trabalho de campo decorreu entre os dias 14 e 21 de abril de 2025. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. Foram realizadas 1751 tentativas de contacto, para alcançarmos 1000 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 57,11%. As 1000 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 3,16% para um nível de confiança de 95,5%. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online (Jornal de Notícias, análise de Rafael Barbosa e gráficos de Inês Moura Pinto, em 01.05.2025)
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