sábado, maio 24, 2025

Eleições: a derrota da esquerda mais radical

Os partidos da esquerda radical e/ou extrema-esquerda (BE, PCP, PEV e UDP) praticamente desapareceram da Assembleia da República nas últimas eleições legislativas, elegendo apenas 1,7% dos deputados (3 pelo PCP e 1 pelo BE). Em contraste, o Chega, à direita, alcançou 25,7% dos deputados, o maior resultado de sempre. Convém relembrar que até 2019, os partidos da direita radical e/ou extrema-direita não estavam representados no Parlamento português, e, portanto, esta ascensão tem sido meteórica.

Estamos a assistir a uma mudança profunda no panorama político português. A esquerda radical e extrema-esquerda, que em 1983 representava 17,6% dos deputados portugueses, veio em declínio até à viragem do século, mas voltou a crescer, sobretudo devido ao surgimento do BE. Em 2015, atingiram o seu pico de influência com 36 deputados eleitos (19 do BE + 15 do PCP + 2 do PEV) e contribuição para uma solução governativa pela primeira vez desde 1976. Desde então a queda tem sido vertiginosa, ao mesmo tempo que os partidos da direita radical e/ou extrema-direita vão crescendo muito rapidamente (Mais Liberdade, Mais Factos)

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