quinta-feira, julho 01, 2021

Covid-19: Mais de 60% dos pacientes recuperados continuam a sentir fadiga um ano depois, aponta estudo

 

Mais de 60% dos pacientes que contraíram Covid-19 continuam a sentir fadiga um ano depois, de acordo com um estudo de uma equipa de cientistas espanhóis, citado pelo ‘La Vanguardia’. O trabalho está a cargo de investigadores e médicos das universidades Rey Juan Carlos (URJC) e Complutense de Madrid (UCM), que avaliaram os doentes internados em cinco hospitais da capital espanhola, acompanhando-os durante um ano, desde que receberam alta do hospital. Os resultados, publicados na revista ‘Lung’, mostram que 61,2% dos envolvidos continuam a manifestar fadiga um ano depois, 23,3% reportam “falta de ar” (dispneia), 6,5% dos pacientes ainda sofrem de dor no peito e 2,5% continuam com tosse.

“Estes resultados indicam que um acompanhamento pró-ativo deve ser realizado em todos os pacientes que sofreram da doença, já que uma proporção significativa tem sintomas persistentes, que devem ser avaliados e acompanhados”, disse César Fernández de las Peñas, professor do Departamento de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Reabilitação e Medicina Física da Universidade Rey Juan Carlos, citado pelo ‘La Vanguardia’.

Num outro estudo realizado pela mesma equipa, descobriu-se que 70% dos pacientes sofrem de algum sintoma “pós-Covid”, revelou a Universidade Complutense de Madrid, num comunicado divulgado esta quarta-feira. Para a realização da pesquisa, foi selecionada uma amostra de 2.100 pacientes, dos quais participaram 1.950, 47% mulheres, com uma média de idade de 61 anos. Os sintomas mais comuns de covid-19 nesses pacientes foram febre, dispneia e dor muscular .

“O nosso objetivo é determinar e identificar possíveis fatores de risco e subgrupos de pacientes suscetíveis ao desenvolvimento de sintomas pós-covid”, explica Juan Torres Macho, investigador do Departamento Complutense de Medicina e coautor do trabalho. Além das duas universidades referidas, participaram do estudo o Hospital Universitário da Fundação Alcorcón, o Hospital Universitário Severo Ochoa, a Universidade Alfonso X el Sabio e o Hospital Universitário Infanta Leonor-Virgen de La Torre (Multinews, texto da jornalista Simone Silva)

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