quinta-feira, julho 01, 2021

Covid-19: Cientistas britânicos pedem revisão da lista oficial de sintomas

 

“Milhões de casos” de Covid-19 podem ficar por diagnosticar, a menos que a lista “oficial” de sintomas do Reino Unido seja alargada, alertaram cientistas britânicos, citados pelo ‘Daily Mail’. Segundo a mesma publicação, os especialistas estão a pedir ao governo do Reino Unido que siga outros países e amplie a lista de sintomas que formam os critérios para o auto-isolamento ou a realização de um teste de PCR. Atualmente, apenas três sintomas são considerados pelo serviço de saúde britânico, como justificação para quarentena ou teste: febre alta, tosse nova e persistente e perda/alteração do olfato ou do paladar. Contudo, os dados mais recentes analisados pela comunidade científica britânica, sugerem que outros sintomas, incluindo dor de cabeça, fadiga e dor de garganta, são igualmente comuns e devem ser considerados. Desta forma, um grupo de cientistas publicou um artigo no ‘British Medical Journal’ dizendo que limitar os testes a pessoas com esses três sintomas principais pode fazer com que se “percam ou atrasem a identificação de milhões casos de Covid-19”.

Alex Crozier, em conjunto com a sua equipa especializada, disse que esta lista limitada e restrita pode prejudicar os esforços para conter a propagação do vírus, uma vez que os sintomas não tradicionais “costumam manifestar-se mais cedo”. Os responsáveis argumentaram que a luta do Reino Unido contra a pandemia seria melhorada com o alargamento dos sintomas usados ​​como base para o auto-isolamento e realização de testes de PCR.

“Muitos pacientes não registam os sintomas que estão definidos na lista oficial do Reino Unido”, referiram. “Limitar o teste sintomático para aqueles com esses sintomas oficiais fará com que se perca ou atrase a identificação de milhões de casos Covid-19, dificultando os esforços para interromper a transmissão”, acrescentaram. Para além disso, apontam, “combinações de sintomas podem ser utilizadas para ajudar a identificar mais casos, mais cedo, sem sobrecarregar a capacidade de testagem” (Multinews, texto da jornalista Simone Silva)

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