Li no Publico que
"o Ministério Público venezuelano abriu uma investigação formal sobre a
líder da oposição e ex-deputada María Corina Machado, suspeita de participar
numa conspiração para assassinar o Presidente Nicolás Maduro. O caso está ainda
em fase de instrução, mas o seu advogado, Tomas Arias, declara que a sua
cliente está a ser alvo de “perseguição política”. Corina Machado foi uma das
líderes das grandes manifestações contra Maduro no início do ano. Agora,
qualifica as acusações que lhe são feitas como “uma farsa” para a tentar calar
e também para distrair os venezuelanos da crescente crise económica. “Se
acreditam que com ameaças e chantagens nos calarão, enganam-se”, disse, citada
pelo jornal espanhol El País. O alegado plano para assassinar o Presidente
Maduro foi revelado em finais de Maio pelo dirigente do Partido Socialista
Unido da Venezuela (no poder) e presidente da câmara de Caracas, Jorge
Rodríguez, que mostrou várias mensagens de correio electrónico atribuídas a
Corina Machado, dirigidas a diferentes líderes da oposição na Venezuela. Nelas,
Machado dizia que tinha chegado a hora de juntar esforços para obter “o
financiamento para aniquilar Maduro”. A ex-deputada reconheceu que estes emails
saíram das suas contas, mas que não usavam estas endereços, e que não pretendia
fazer um golpe de Estado nem matar ninguém, apenas pretendia afastar Maduro.
Mas Maduro, num discurso oficial, classificou Machado como “assassina” – e agora
tudo indica que deverá ser mesmo acusada. Se for considerada culpada, a
ex-deputada – destituída em Março do seu mandato – pode enfrentar uma pena
entre oito e 16 anos de prisão, diz a Reuters. Leopoldo Lopez, outro líder da
oposição, e que se destacou na organização dos protestos de rua, está preso
desde Fevereiro"