Comissão Europeia alerta para a vulnerabilidade da economia portuguesa da volatilidade dos mercados e de choques externos. Bruxelas endurece o tom, mas deixa tudo em aberto em relação à trajectória da dívida pública portuguesa. No relatório de avaliação “pós-programa” de Portugal divulgado esta segunda-feira, a Comissão Europeia acredita que a redução da dívida é possível, mas alerta para os vários “ses” que se podem colocar no caminho, notando as vulnerabilidades da economia portuguesa. E admite mesmo que a descida da dívida pode ser posta em causa se o crescimento económico for menor do que o esperado ou se Portugal enfrentar nos mercados uma subida das taxas de juro da dívida. Se assim for, avisa, a economia portuguesa poderá deparar-se com uma “trajectória explosiva” da dívida. No relatório – onde faz uma avaliação aos primeiros meses em que Portugal deixou de receber empréstimos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional –, o executivo comunitário aponta para as duas faces da mesma moeda: se as condições externas e internas da economias se deteriorarem, a dívida arrisca a agravar-se; se acontecer o contrário e a economia reagir melhor do que o esperado, é também expectável que a redução da dívida acelere (Público)