quinta-feira, novembro 08, 2012

Pensionistas só descontaram durante 25,6 anos

Segundo o Económico, num texto da jornalista Cristina Oliveira da Silva, “os pensionistas que, em 2011, recebiam reforma de velhice, descontaram, em média, durante 25,6 anos para a Segurança Social. O valor está longe daquele que hoje é exigido para a pensão completa (40 anos de serviço) mas, ainda assim, tem vindo a crescer. Em 2002, por exemplo, a carreira contributiva média dos pensionistas de velhice era de apenas 21,3 anos. Em 2010, chegava a 25,5 anos e em 2011 subiu para 25,6 anos, avançam os dados mais recentes da Segurança Social.Recorde-se que em 2007 entraram em vigor novas regras das pensões, que penalizaram mais as reformas antecipadas e bonificaram as longas carreiras contributivas. Já a pensão de invalidez era atribuída, em 2011, a pensionistas que, durante a vida activa, contribuíram durante 17,7 anos para a Segurança Social. O relatório da Segurança Social indica que o número médio de anos de desconto aumentou "ligeiramente" no caso das pensões de invalidez (1,4 anos entre 2002 e 2011) tendo sido mais significativo no caso das pensões de velhice. Aqui, a subida foi de "quatro anos e quatro meses entre 2002 e 2011". Por outro lado, as pensões de velhice duravam, em média, 8,6 anos em 2011; já a idade média destas pessoas sofreu um ligeiro aumento, para 73,1 anos. No caso dos pensionistas de invalidez, as reformas eram atribuídas durante um período médio de 17,5 anos enquanto a idade média se manteve em 56,3 anos. O relatório acrescenta que a idade média dos pensionistas tem vindo a aumentar um mês por ano ao longo dos últimos seis anos.
Pensão média de velhice aumentou 1% e maioria recebe menos de 419,22 euros
Em 2011, a pensão média de velhice paga pela Segurança Social aumentou 1%, para 481,69 euros. Já a pensão média de invalidez cresceu 1,8% (para 399,33 euros). De acordo com a Segurança Social, isto deve-se, entre outros factores, ao "aumento do número de anos da carreira contributiva considerado para efeitos de atribuição da pensão" e ao "crescimento verificado ao nível do valor da pensão média dos novos pensionistas". Em 2010, o crescimento da pensão média de velhice tinha sido igualmente de 1% mas no caso de invalidez, a subida tinha sido de 0,9%. A Conta da Segurança Social conclui que a pensão média de velhice "tem registado um crescimento contínuo desde 2001 com uma desaceleração e estabilização nos últimos dois anos, enquanto que a respectiva duração média evidencia uma estabilidade", com "um ligeiro acréscimo nos últimos quatro anos". A grande maioria dos pensionistas de velhice (75,9%) recebe menos de 419,22 euros (o valor do Indexante dos Apoios Sociais).
Despesa com pensões por desemprego regista subida mínima
No ano passado, a Segurança Social gastou 627,5 milhões de euros com reformas antecipadas por desemprego e com outros regimes específicos. Em causa está um aumento de 1,8%, o mais baixo desde, pelo menos, 2003. Em 2010, o crescimento tinha sido de 25,2%, o maior desde 2006. Estas pensões fazem parte do regime de solidariedade da Segurança Social e abrangem os desempregados de longa duração que passam antecipadamente à reforma. Também inclui outros regimes especiais, como é o caso de mineiros, bordadeiras ou despachantes. De acordo com os dados da Segurança Social relativos a 2011, existiam cerca de 70 mil pensionistas nestas situações em 2011, o valor mais elevado dos últimos anos”.