segunda-feira, novembro 26, 2012

Sondagem i/Pitagórica: maioria quer Marcelo como Presidente

Segundo o Jornal I, "Marcelo Rebelo de Sousa é neste momento a personalidade que recolhe mais opiniões favoráveis junto do barómetro i/Pitagórica para vir a ser candidato a Presidente da República em 2016. Marcelo obtém a melhor avaliação do painel, com uma média de 3,4. Os inquiridos foram convidados a classificar a capacidade de várias personalidades para ocupar o cargo de Presidente da República, numa escala de 1 a 5. Abaixo de Marcelo surge António Costa, o actual presidente da Câmara de Lisboa, com 2,9 pontos, uma média ligeiramente superior à de Durão Barroso e de António Barreto, que surgem neste painel empatados – 2,7 pontos. Seguem-se na escala Manuela Ferreira Leite, ex-líder do PSD (2,6 pontos), Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, e o empresário Belmiro de Azevedo (média de 2,5), depois o ex-primeiro-ministro António Guterres, com 2,4, também empatado com o ex-secretário-geral da CGTP Carvalho da Silva. O painel evidencia que as possibilidades de regresso de Sócrates do desterro político através de uma candidatura a Presidente da República são diminutas – obtém apenas uma média de 1,7 pontos, com 74,4% a considerarem que daria um “mau” ou “muito mau” Presidente da República. O saldo de opinião sobre personalidade, no caso de Sócrates, atinge o –68,4. Marcelo é o único a ter um saldo de opinião sobre personalidade positivo: 33,9. Mesmo António Costa, o segundo com melhor potencial da lista, tem um saldo negativo. Em entrevista ao i em Setembro de 2011, Marcelo Rebelo não fechou a porta a uma candidatura presidencial. “No momento em que, se for esse o caso, eu tiver de ponderar se sou ou não candidato, ponderarei. Escolherei o momento e no momento escolhido decidirei se faz sentido ou não faz sentido.” Na mesma entrevista, Marcelo admitiu que António Barreto era “uma hipótese teoricamente possível”, por existirem pessoas que defenderiam a candidatura, do mesmo modo que afirmou que “o próprio Durão Barroso admite essa hipótese como muito plausível”. Barreto, dias mais tarde, desmentiu qualquer intenção de vir a ser candidato presidencial.
O Presidente da República, Cavaco Silva, mantém, neste barómetro i/Pitagórica, a tendência negativa de popularidade que está a marcar este segundo mandato. Numa escala de 0 a 20, Cavaco Silva tem uma nota de 6,8 pontos. Metade dos inquiridos atribuiu ao actual Presidente da República uma pontuação igual ou inferior a 7. Menos de metade (41,6%) classifica a actuação de Cavaco numa média entre 8 e 13 pontos. Apenas 8,6% dos inquiridos no painel consideram a actuação do Presidente da República francamente boa – só estes atribuem a Cavaco uma “nota” entre 14 e 20. O Presidente da República foi reeleito em Janeiro de 2011 com 52,9% dos votos dos portugueses. Porém, a sua popularidade começou a baixar no princípio do ano quando fez uma declaração polémica sobre as suas reformas. “Neste momento já sei quanto é que irei receber da Caixa Geral de Aposentações. Descontei quase 40 anos uma parte do meu salário para a CGA como professor universitário e também descontei durante alguns anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e devo receber 1300 euros por mês. Não sei se ouviu bem: 1300 euros por mês. Tudo somado, o que irei receber do fundo de pensões do Banco de Portugal e da CGA, quase de certeza que não dá para pagar as minhas despesas.”
Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pela Pitagórica – investigação e estudos de mercado para o jornal
Universo
Foram inquiridos eleitores recenseados em Portugal, de ambos os sexos e com 18 ou mais anos. A PITAGÓRICA, Investigação e Estudos de Mercado S.A utilizou neste estudo a recolha dos dados através de entrevista telefónica, suportado por um sistema CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing, com validação automática e em sistema Auto Dial.
Recolha de informação
Utilizou-se uma amostragem não probabilística com quotas por distrito tendo em consideração o número de votos expressos nas últimas eleições legislativas.
1ª Etapa – Foi criada uma base de dados através da geração aleatória de números da rede móvel, proporcional às quotas dos 3 principais operadores (TMN, Vodafone e Optimus)
2ª Etapa - Realizaram-se metade das entrevistas para números móveis utilizando a Base de dados criada
3º Etapa – Criou-se uma base de dados de números de telefone da rede fixa por distrito seleccionados aleatoriamente entre os assinantes das listas telefónicas.
4º Etapa – Analisou-se os inquéritos feitos por distrito através dos contactos da rede móvel e completou-se a amostra através de contactos na rede fixa.
Amostra
A amostra total obtida é de 503 indivíduos. Este valor traduz um grau de confiança de 95,5%, com uma margem de erro de ±4,5%. A recolha da informação foi da responsabilidade da Pitagórica. A amostra foi recolhida de 8 a 13 de outubro de 2012.
Caracterização
Em Outubro de 2012, a população alvo deste estudo é caracterizada maioritariamente por indivíduos do sexo feminino (52,9%), pertencentes à Classe Social Média (C1 e C2 ) (67%) e a agregados constituídos por 2 ou 3 pessoas (59,3%)"