Li no Jornal I que "as vendas dos jornais caíram acentuadamente na última década com os desportivos e semanários na liderança a registar perdas de 42% e 39% respetivamente, tendo os jornais económicos sido os únicos a escapar a esta crise do papel. Estes são dados da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT) correspondentes à circulação média paga que inclui vendas em banca, assinaturas e vendas em bloco. Desde 2004, e até ao final deste ano, o Record e o Jogo (A Bola não é auditado pela APCT) terão vendido menos 57.647 exemplares por dia, sendo que face a 2011 a quebra será de 10%, ou seja menos 8.881 exemplares, revelam os dados da APCT. Logo depois seguem-se os semanários, onde estão incluídos o Expresso, Sol, a Vida Económica, Weekend Económico, O Independente, Semanário Económico, Tal & Qual, O Crime e Semanário (os últimos cinco já fecharam), que passaram a vender menos 91.175 exemplares por semana. Comparando com o ano passado, a quebra das vendas dos semanários situou-se nos 12,39%, ou seja, menos 18.127 exemplares vendidos por semana. O cenário repete-se nos seis jornais diários generalistas Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Diário de Notícias, Público, i e 24 Horas (que entretanto fechou), cujas vendas ascendiam em 2004 aos 366.516 exemplares por dia, mas hoje ficam-se pelos 257.861 exemplares, menos 108.655 exemplares vendidos por dia, correspondentes a um corte de 30%. Face a 2011, a realidade também não é feliz, verificando-se uma descida de 10%, ou seja, menos 28.295 exemplares vendidos por dia, num total de 257.861 vendas no ano de 2012. A variação 2011/2010 tinha sido igualmente negativa (-4,29% de vendas). Já os económicos são os únicos a fugir à crise, com um aumento nas vendas de 17% desde 2004, ou seja, mais 3.396 exemplares comercializados por dia, num total de 23.083 que terão sido vendidos em 2012.Já o segmento das revistas (Visão, Sábado e Focus, que encerrou no início do ano) sobe as suas vendas desde 2004 até 2011, ano em que estas começam igualmente a cair. Por isso, face a 2004, a quebra nas vendas é de 3%, passando as revistas a vender menos 4.817 exemplares, descendo de 162.003 exemplares vendidos para 157.186 exemplares. Já se se comparar com 2011, o segmento passa a vender menos, caindo 15%, para um total de 157.186 exemplares vendidos. A contrariar esta queda das vendas tem estado um crescimento das assinaturas das versões digitais destas publicações, mas que fica, no entanto, ainda muito longe da quebra verificada nas vendas. De acordo com dados da APCT, o número de assinaturas digitais cresceu de janeiro a junho deste ano, face a igual período de 2011. Nos semanários, o Expresso destacou-se por ter 5.055 assinaturas digitais, mais 2.865 em termos homólogos, enquanto nos diários, evidenciam-se o Público com um aumento de 71% (mais 815), o Diário de Notícias com uma subida de 213% (mais 185), o Jornal de Notícias que avançou 166% (mais 108), o Jornal de Negócios que cresceu 31,67% (mais 760), o Diário Económico que aumentou 60% (mais 48), ao contrário do i que recuou 66% (menos 687 assinaturas)".