Li no Expresso que "o número de jornalistas mortos no exercício da profissão é o mais elevado dos últimos 15 anos, revela o Instituto de Impresa Internacional. Em quinze anos nunca tantos jornalistas foram mortos no exercício da profissão como em 2012. Segundo dados do Instituto de Impresa Internacional (IPI), hoje divulgados, 119 profissionais perderam a vida este ano, até ao momento. Faltando ainda mais de um mês para terminar o ano, o número de mortes já supera o recorde alcançado em 2009, quando foram contabilizados 110 jornalistas assassinados. O IPI recorda que amanhã é o Dia Internacional contra a Impunidade, o principal problema que impede a redução os ataques a jornalistas em todo o mundo.
Síria e Somália perigosos para os jornalistas
Segundo o IPI, a Síria é o país onde mais jornalistas têm perdido a vida este ano, registando-se um total de 36 mortes. Outros 16 morreram durante ataques na Somália, onde nenhum dos responsáveis foi penalizado pela Justiça, o que "perpetua uma cultura de impunidade, que incentiva novos ataques". México, Paquistão e Filipinas são outros países também muito perigosos para o exercício da profissão, revela o Instituto. O número de mortes este ano é o mais alto já registado pelo IPI. "O assassinato de um jornalista é a forma mais cruel e pavoroso de censura. Se não formos capazes de acabar com a impunidade, os homicídios vão continuar", afirma o subdiretor da instituição, Anthony Mills. Duas das mortes mais comentadas internacionalmente este ano foram as de Marie Colvin, jornalista americana ao serviço do jornal britânico "Sunday Times", e Remi Ochlik, fotógrafo francês premiado pela World Press Photo por imagens captadas na Líbia, que morreram em fevereiro, quando uma casa utilizada como centro de imprensa e por militantes anti-regime em Homs foi bombardeada".