Segundo a jornalista do Publico, Isabel Arriaga e Cunha, que "vários ministros das Finanças europeus recusaram assumir qualquer compromisso sobre as estimativas da Comissão Europeia de que Portugal precisará de uma assistência financeira no valor de 80 mil milhões de euros ao longo de três ano. Este valor foi avançado a título preliminar na sexta-feira por Olli Rehn, comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e financeiros, depois de uma longa discussão dos ministros das Finanças da zona euro e da União Europeia (UE), em Gödölö, Hungria, sobre o pedido de ajuda que o Governo português formulou na véspera à noite. "Não discutimos quaisquer valores, porque os procedimentos [de avaliação da situação portuguesa] estão a começar”, afirmou Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças quando confrontado com as estimativas de Bruxelas. “Quaisquer números são especulativos e eu não quero especular”, acrescentou. “Há uma necessidade de clareza e de avaliação”, reagiu o ministro sueco, Anders Borg. “Pela experiência da Irlanda e da Letónia, ficou claro que a primeira avaliação não é necessariamente a mais correcta. Tem de haver uma avaliação muito, muito profunda tanto das finanças públicas, como do sector financeiro, e só então poderemos determinar as necessidades”, defendeu. “Não costumo assinar um cheque antes de ver a conta”, limitou-se a afirmar a ministra francesa, Christine Lagarde. Já o ministro sueco das Finanças, Anders Borg, afirmou que o Governo "tem uma grande responsabilidade" pela situação actual, criticando o Executivo de José Sócrates por não ter agido antes”.
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